Menu
Política & Poder

“20 milhões ou 20 trilhões são a mesma coisa”, diz Bolsonaro sobre ajuda do G7

Presidente ainda espera que Macron se desculpe com ele após declarações do francês sobre o governo brasileiro

Willian Matos

28/08/2019 12h09

O presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa no Palácio da Alvorada

Willian Matos
[email protected]

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) falou sobre a recusa do R$ 20 milhões de euros oferecidos por países do G7. O comentário foi feito nesta quarta-feira (28), após a reunião com o presidente do Chile, Sebastian Piñera.

“Parece que 20 milhões de euros é o nosso preço. O Brasil não tem preço, 20 milhões ou 20 trilhões são a mesma coisa para nós. Qualquer ajuda, como disse o Piñera, de forma bilateral, podemos aceitar até porque no futuro poderemos também ajudar outro país que tenha um problema semelhante”, disse Bolsonaro.

“No tocante ao governo francês, o fato de me chamar de mentiroso e de por duas vezes falar que a soberania da Amazônia tem que ser relativizada, somente após ele se retratar do que falou no tocante a minha pessoa, que representa o país como presidente eleito, sem problema nenhum, voltamos a conversar”, prosseguiu o presidente.

Ajuda

O presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu que líderes do G7 enviariam US$ 20 milhões (cerca de R$ 82,4 milhões) de ajuda emergencial para combater os incêndios na Amazônia. A maior parte do dinheiro deverá ser utilizada no envio de aviões Canadair de combate a incêndios.

Bolsonaro até cogitou aceitar a ajuda, com a condição que o presidente da França, Emmanuel Macron, retirasse “insultos” contra ele e a ideia de que a internacionalização da Amazônia está “em aberto”. O presidente não demonstrou, no entanto, qualquer intenção de pedir desculpas à primeira-dama francesa, Brigitte. 

“Primeiramente, o seu Macron tem que retirar os insultos que fez a minha pessoa. Ele me chamou de mentiroso. E, depois, informaram, que a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, declarou Bolsonaro. “Primeiro, ele retira. Depois, oferece ajuda. Daí eu respondo”, reforçou.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado