A dois dias da estreia da seleção brasileira feminina de vôlei na primeira fase do Campeonato Mundial. A equipe verde e amarela lutará pelo título inédito – anteriormente, as brasileiras ficaram com o vice em 1994 e 2006.
Na visão do treinador, único no mundo a ter conquistado o ouro olímpico no voleibol masculino e feminino, a Itália e a Holanda serão os adversários mais complicados desta fase inicial.
O Brasil já está em Hamamatsu, após fazer uma adaptação em Tóquio. O regulamento do Mundial feminino é menos complicado que o do masculino, alvo de muita polêmica: 24 times divididos em quatro grupos de seis na primeira fase (A, B, C e D).
Os quatro melhores de cada um deles se classificam para a segunda etapa, onde serão formadas duas chavonas de oito (E (A cruzando com D) e F (B cruzando com C)) das quais só passam dois de cada lado para a semifinal – nesta fase, as seleções só jogam contra quem ainda não haviam enfrentado, ou seja, “carregam” os resultados anteriores.
Confira a análise de Zé Roberto (todos os horários são de Brasília):
Quênia (sexta, 2h30) – “Não temos muitas informações sobre o Quênia. É uma seleção que não costuma participar de grandes competições. Como as outras equipes africanas, deve ter força de ataque e potência de salto, mas não deve ser eficiente tecnicamente. Deve ser o adversário mais fraco do grupo”
República Tcheca (sábado, 2h00) – “É uma seleção que vai incomodar. É um time alto, versátil, que bloqueia e saca bem e é eficiente nas bolas altas. Uma equipe mais acostumada a participar de grandes competições, com jogadoras que atuam em diferentes clubes do mundo. Entre as atletas, destaco a ponteira passadora Havelkova”
Holanda (domingo, 7h00) – “A Holanda tem basicamente o mesmo grupo que conquistou o Grand Prix 2007. A equipe possui ótimo volume de jogo e bom ataque de bolas altas. O time conta com a ponteira Flier e com centrais de grande qualidade. É um dos nossos principais adversários na primeira fase”
Porto Rico (terça, 2h30) – “É uma equipe com bom volume de jogo, que saca e bloqueia bem. O time tem como referência a ponteira Aurea Cruz e conta com as irmãs Ocasio, também boas jogadoras, mas não tem muita opção no banco de reservas. A última vez em que enfrentamos Porto Rico foi no Grand Prix deste ano. Na ocasião, a equipe não estava tão bem. Vamos ver como estará no Mundial”
Itália (quarta, 7h00) – “É o adversário mais complicado do grupo. É um time muito esperto no sistema defensivo, conta com jogadoras habilidosas, experientes e acostumadas a grandes decisões. A Itália tem a Lo Bianco, que eu considero a melhor levantadora do mundo. A Barazza, que engravidou e não disputará a competição, é um desfalque. Mas a Arrighetti, que a substituirá, também é muito boa jogadora. Com esta mudança, acho que o time ganha em ataque, mas perde um pouco no bloqueio”