Menu
Saúde

Você já ouviu falar em dor crônica?

Arquivo Geral

28/06/2015 10h00

Você sente muita dor de cabeça? Suas costas vivem latejando? Fique atento! Estes podem ser sinais de dor crônica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 30% da população sofre de dor crônica. Os dados indicam que uma a cada cinco pessoas do planeta sente dor crônica de moderada a intensa. Deste total, mais um terço necessita de ajuda para executar atividades cotidianas, como tomar banho, fazer a higiene diária ou se locomover. O neurocirurgião Luiz Claudio Modesto, médico do Hospital Santa Luzia, em Brasília, explica que este problema acontece quando a dor, um mecanismo de defesa do organismo, se transforma em doença.

“A dor crônica pode ser caracterizada como qualquer dor que persista após passado o tempo natural de cicatrização e recuperação do organismo. Por exemplo, uma pessoa que quebrou o braço há oito meses e ainda sente dor naquela região precisa procurar ajuda médica. Assim, sempre alertamos que qualquer desconforto doloroso que incomode por 180 dias, ou mais, deve ser investigado. Desta forma, é possível identificar e tratar a doença da melhor maneira. Uma das manifestação deste problema, fora a dor espontânea, é a dor provocada por estímulos simples e que em teoria não deviam doer. Às vezes, a pessoa sente dor causada por um simples toque na pele, por exemplo”, esclarece o especialista.

E como é possível distinguir a dor crônica da dor aguda? Dr. Luiz Claudio Modesto afirma que para fazer esta diferenciação é preciso estar atento ao tempo de duração e à natureza do incômodo. “Em geral, a dor aguda é um simples sinal de alerta, caracterizada por um desconforto que tem relação de intensidade com algum machucado ou lesão inicial. A dor aguda não persiste por um longo período de tempo e não tem histórico de intratabilidade, persistência ou recorrência. Na maioria dos casos, este tipo de dor é causado por mecanismos usuais, por exemplo, quando uma cárie mais profunda causa dor de dente. Diferentemente das dores crônicas, que em geral são permanentes e ocorrem de forma inusitada”, argumenta.

IMPACTO PSICOLÓGICO

Além do sofrimento e do desgaste físico, a dor crônica pode ocasionar repercussões  mentais. “É importante lembrar que toda dor, aguda ou crônica, tem algum tipo de repercussão psicológica e comportamental. Quando estamos com dor de cabeça, por exemplo, ficamos mal-humorados e impacientes. Pessoas que sofrem de dor crônica sentem desconforto e com mais frequência, por isso, elas têm mais chances de desenvolver problemas como a ansiedade ou a depressão”, ressalta o neurologista.  

O médico relembra que para tratar corretamente a dor crônica é fundamental procurar ajuda de um especialista em dor. “Além do incômodo constante, a dor crônica pode limitar as capacidade de trabalhar ou mesmo executar as atividades simples do dia a dia. Por isso, é sempre importante alertar que quem sente dor há muito tempo deve procurar ajuda de um médico especialista em dor. Este é o profissional mais adequado para diagnosticar e tratar o problema”, conclui Dr. Luiz Claudio Modesto.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado