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Saúde

Tuberculose ressurge, mas tem cura

Arquivo Geral

22/03/2016 13h51

A tuberculose ainda é uma das doenças infecciosas mais prevalentes e que mais mata no mundo. No caso do Brasil, estamos entre os 22 países que concentram mais de 80% dos casos de tuberculose no mundo. Apesar de ter sido considerada um mal de países em desenvolvimento, ressurgiu com força total em nações consideradas de primeiro mundo com a epidemia de HIV. Isso porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1/3 das pessoas com HIV positivo têm, ou já tiveram, tuberculose.

A boa notícia é que, também de acordo com a OMS, o diagnóstico e tratamento efetivos já salvaram aproximadamente 43 milhões de vidas entre 2000 e 2014. “Em todo caso de suspeita clínica da tuberculose solicitamos a radiografia de tórax e uma pesquisa direta da bactéria que causa a doença, conhecida como Bacilo de Koch, pelo bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) da coleta de escarro. Demais exames podem ser indicados para maior detalhamento e casos específicos”, explica a pneumologista e diretora-médica do laboratório Exame, Tatiana Veloso.

A especialista afirma que, ao contrário do que muitos pensam, a tuberculose tem cura. As pessoas com o sistema imunológico comprometido, como diabéticos e infectados com o vírus da AIDS, estão mais suscetíveis a contrair a doença. Por isso devem tratar também estas doenças. “No caso da tuberculose, o tratamento comum tem duração de 6 meses com a ingestão de quatro medicações. Se o paciente seguir o tratamento de forma adequada e consistente, a evolução é favorável, levando à cura”, conclui.

Infecção da Tuberculose Pulmonar

Dados indicam que 85% dos brasileiros com a doença são afetados pela infecção pulmonar. Porém, outros órgãos também podem ser acometidos como por exemplo, a pleura (membrana que envolve o pulmão), os gânglios linfáticos (as “inguas“), os rins, ossos, intestino e meninges. “As vias aéreas são a principal porta de entrada para a doença. Uma pessoa com doença pulmonar em atividade expele, pela tosse ou fala, gotículas contendo em seu interior alguns bacilos viáveis. Uma vez inaladas por outra pessoa, essas partículas se instalam no pulmão, podendo ser contaminada”, reforça.

A médica informa também que nem todos contaminados tem manifestações da doença. “Ao alcançar as cavidades pulmonares inicia-se uma batalha entre as células de defesa do nosso organismo, os anticorpos, contra os bacilos. Se forem contidos nessa fase e com um sistema imunológico em pleno funcionamento a infecção é barrada ou permanece em estado latente. Se a resposta do sistema imune não for suficiente, ou houver uma queda das defesas naturais, a doença pode se manifestar”, esclarece Dra. Tatiana.

Casas com pouca iluminação, baixa ventilação e falta de saneamento básico, alcoolismo e desnutrição facilitam a contaminação pelo bacilo de Koch, microrganismo transmissor desta doença. Por isso, além da preocupação com essas questões, a especialista alerta aos principais sintomas da tuberculose pulmonar. “Se você tiver tosse crônica, por mais de duas semanas, com secreção ou não; febre vespertina baixa de menos de 38,5ºC; suor excessivo ou emagrecimento, um médico deve ser consultado”, conclui a pneumologista.

 

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