Menu
Saúde

Sexo seguro é um dos principais aliados da fertilidade, alerta especialistas

Arquivo Geral

19/02/2015 11h15

Cerca de 10 a 12 milhões de casos novos de Doenças Sexualmente Transmissiveis (DST’s) devem surgir por ano no Brasil, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde. Grave problema de saúde pública, as DSt’s estão entre as principais causas da infertilidade, além de desencadearem outras complicações sérias como aborto, doenças neonatais e até mesmo o câncer do colo do útero devido à infecção pelo HPV. “A fertilidade de ambos os sexos pode ser comprometida por DST’s. Essas infecções, quando não são tratadas logo e adequadamente, podem causar danos irreversíveis ao aparelho reprodutor”, esclarecem os médicos Jean Pierre Barguil Brasileiro e Vinicius Medina Lopes, especialistas em Reprodução Assistida e diretores do Instituto VERHUM, referência nacional na área.        

Nas mulheres, doenças como a gonorreia e a clamídia, por exemplo, causam inflamação das trompas, provocam a obstrução das mesmas, impedindo a gravidez pelo processo natural ou causando a gestação ectópica. Nos homens, essas patologias obstruem os condutos deferentes, os canais por onde passam os espermatozoides. Segundo os especialistas, evitar infecções é fundamental para preservar a fertilidade.      

Adotar um comportamento sexual responsável, como usar preservativo em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) e evitar ter vários parceiros, pode reduzir signitivamente o risco de infecção por DST. “Usar camisinha ainda é a forma mais simples e eficaz para evitar as DST’s e suas consequências”, recomendaJean Pierre Barguil Brasileiro.  Além de evitar a gravidez indesejada, o sexo seguro previne várias doenças.  

Transmitidas, principalmente, por contato sexual sem proteção com uma pessoa que esteja infectada, as DST’s são causadas por vários agentes etiológicos (infecciosos) como vírus, fungos, protozoários e bactérias. A transmissão também pode acontecer de mãe para o bebê durante a gravidez  ou o parto,  através do compartilhamento de agulhas e seringas e nas transfusões de sangue. A gonorreia, a clamídia, o  HPV, a tricomoníase, a sífilis, cancro mole, herpes genital, hepatite B e a Aids são as DST’s mais conhecidas. O Papilomavírus Humano (HPV) é considerado uma das doenças sexualmente transmissíveis de maior incidência no mundo. O câncer do colo do útero, conhecido como cervical, é causado pela infecção persistente de alguns tipos de HPV. 

Feridas (úlceras) dolorosas ou não, verrugas e bolhas nos órgãos genitais, corrimento, mau cheiro, dor pélvica, ardência ou coceira, sentidas principalmente no ato de urinar ou durante as relações sexuais podem ser sinais de DST. “Ao perceber qualquer um desses sintomas, é importante procurar imediatamente o médico e fazer com que o parceiro faça o mesmo. Se diagnosticada alguma doença sexual, o tratamento deve ser feito pelo casal. Se só um dos parceiros tratar, o problema persistirá e poderá evoluir causando complicações graves,” esclarece o médico Vinicius Medina Lopes. “Os exames preventivos anuais também são indispensáveis, uma vez que essas doenças podem evoluir de forma assintomática”, acrescenta o especialista.           

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado