Menu
Saúde

Saúde mental é fundamental para produtividade na pandemia

Empresas devem fornecer um ambiente seguro para os colaboradores

Redação Jornal de Brasília

24/05/2020 10h33

Atualizada 25/05/2020 11h00

Em tempos de pandemia, surgem muitas incertezas e dúvidas sobre o futuro. O mercado de trabalho mudou e, com a crise, a saúde mental tem sido cada vez mais lembrada no ambiente corporativo. Mas como isso afeta na rotina de produtividade? Na avaliação do médico psiquiatra Luan Diego, um funcionário feliz e motivado, é um profissional mais ativo na empresa. “Estamos vivendo um momento de muita pressão psicológica. Será que vamos ter emprego? Como vai ser depois da pandemia? Essas questões assombram o colaborador e o papel dos gestores é fazer com que os funcionários se sintam seguros e essenciais naquele ambiente”, explica.

O ideal é que as empresas se adequem a metas, tranquilizem os trabalhadores e incentivem a sensação de pertencimento dentro da companhia. “É importante que os gestores se lembrem que estão lidando com humanos. Pessoas que têm sentimentos, crises, ansiedade, medo e inseguranças. Dar um tratamento mais humanizado, principalmente nesse momento de pandemia, ajuda a tranquilizar os colaboradores”, afirma o psiquiatra.

O que diz a lei

É papel das empresas cuidarem do bem estar mental dos funcionários? Na avaliação do advogado trabalhista André Santos, sim. Ele alerta que as companhias podem ser responsabilizadas tanto por ação quanto por omissão. “A empresa é obrigada a manter o ambiente de trabalho seguro e o bem estar de todos (está na CLT). Não existe obrigatoriedade de disponibilizar psicólogos, por exemplo, mas essa é uma medida essencial para tornar o local de trabalho mais acolhedor”, explica.

A companhia também pode ser responsabilizada se for comprovado que ela causou transtornos mentais ou agravou o quadro de saúde dos funcionários. “Se for provado que a doença tem relação direta com questões ligadas ao ambiente de trabalho, a empresa é responsabilizada e deverá pagar indenização moral e material”, conclui o especialista.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado