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Saúde

Saúde abre consulta sobre inclusão da vacina meningo B no SUS

Imunizante protege contra sorotipos da bactéria que causa meningite

Redação Jornal de Brasília

31/07/2025 8h48

monkeypox vaccination site opens in west hollywood, ca

A farmacêutica registrada Sapna Patel demonstra a preparação de uma dose da vacina contra varíola dos macacos em uma clínica de vacinação aberta hoje pelo Departamento de Saúde Pública do Condado de Los Angeles na Biblioteca de West Hollywood em 3 de agosto de 2022 em West Hollywood, Califórnia. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou estado de emergência em 1º de agosto devido ao surto de varíola dos macacos, que continua a crescer globalmente. Mario Tama/Getty Images/AFP (Foto de MARIO TAMA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

O Ministério da Saúde abre, nesta quinta-feira (31), consulta pública sobre a incorporação da vacina meningo B no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante previne contra a infecção pela bactéria meningococo do tipo B, que é a mais prevalente entre as causadoras de doença meningococica. A vacina já está disponível no sistema privado de saúde. Já o Sus disponibiliza imunizantes contra outros quatro sorotipos: A, C, W e Y.

O meningococo é transmitido pelo ar e a principal consequência grave é a meningite meningocócica, inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, que pode evoluir com muita rapidez e até levar ao óbito. Somente este ano, o Brasil registrou 2357 casos de meningite do tipo bacteriana, com 454 mortes. Além da alta letalidade, entre 10% e 20% dos sobreviventes desenvolvem sequelas, como surdez, amputação de membros ou comprometimentos neurológicos.

A maior parte dos registros submetidos ao Ministério da Saúde não informam a sorologia da bactéria causadora, mas pelo menos 138 casos foram causados por meningococo do tipo B, com 21 mortes. Por isso, a vacinação com a meningo B é recomendada por sociedades médicas, apesar de não fazer parte do calendário básico infantil do SUS. O imunizante deve ser aplicado em três doses, aos 3, 5 e 12 meses de idade.

A proposta de incorporação foi apresentada pela farmacêutica GSK, produtora do imunizante à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – Conitec, órgão responsável por avaliar todas as propostas de inclusão no sistema.

De acordo com o dossiê apresentado, o custo de inclusão do imunizante é de aproximadamente R$ 6,1 bilhões ao longo de cinco anos, mas a farmacêutica argumenta que a vacinação reduziria gastos com a internação e o tratamento dos doentes.

A consulta pública ficará disponível por 20 dias no site da comissão. Em seguida, as contribuições serão analisadas pelos membro da Conitec e para a elaboração do relatório que vai recomendar a inclusão ou a não-inclusão da vacina.

Com informações da Agência Brasil

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