Em 2013 o Brasil já havia ultrapassado os Estados Unidos em números de cirurgias plásticas. Os números somam quase 1 milhão e meio, segundo relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (ISAPS). Entre os procedimentos mais procurados está a prótese de silicone nas mamas. Especialistas acreditam que o aumento do poder de compra do brasileiro e o crescimento do número de profissionais favoreceram esta tendência que somou mais de 1,7 milhão de implantes nas mamas só em 2013.
No entanto, passada a euforia da cirurgia e dos primeiros meses muitas pacientes, satisfeitas com o resultado estético, esquecem de continuar avaliando a saúde das mamas. E, muitas vezes, o corpo é que vai sinalizar o momento da troca das próteses podendo apresentar flacidez, coceiras, latejamento, cistos e inflamação das glândulas mamárias.
Para evitar tais desconfortos é importante realizar exames periódicos de imagem e avaliação de um médico, observando sempre o prazo de validade dos implantes. De acordo com o cirurgião plástico Sérgio Feijó, embora as próteses não tenham uma vida útil definida, os fabricantes indicam um prazo médio de 10 anos, de acordo com o período de fabricação.
Entre os motivos para troca da prótese estão: insatisfação com o tamanho, dores, deslocamento, infecção, e contratura capsular – quando o corpo desenvolve uma membrana envolta do implante causando dores e endurecimento do seio. Em todo caso, a troca deve ser realizada o quanto antes.
As próteses mais antigas, fabricadas até 2005 merecem atenção especial já que possuem um prazo de validade menor que as mais recentes. Em todo caso, o implante sofre ação de líquidos ácidos e variação da temperatura corporal podendo apresentar pequenas rupturas que podem causar desconforto e risco maior à da paciente.