Liberada pelo médico da seleção brasileira para retomar aos treinos, a atacante Paula Pequeno luta para estar em boas condições físicas no Mundial do Japão. A atleta passou o último mês se recuperando de uma fratura no tornozelo esquerdo sofrida durante o Grand Prix.
“Minha vida é cheia de provações. Tenho certeza de que vou passar por mais esta. Vou aproveitar a reta final de preparação até o Mundial e fazer de tudo para ir ao Japão”, comentou a jogadora, eleita a melhor jogadora de vôlei feminino das Olimpíadas de Pequim, em 2008. “Fui liberada na segunda e voltei a treinar devagar, respeitando os meus limites. Mas, aos poucos, fui sentindo que estava bem e aumentei o ritmo. Quando fui ver, já estava saltando”, comemorou.
No último Mundial, em 2006, Paula demonstrou condições de ser chamada apenas quatro meses depois de dar a luz a Mel. Acostumada a antecipar prazos de recuperação, a jogadora ganhou a admiração do técnico José Roberto Guimarães.
“A Paula é muito esforçada. Já superou várias contusões e agora se recuperou de mais esta. Vamos ver como será a próxima semana. A intenção é sair daqui do Brasil com jogadoras em condições ideais para a disputa do Mundial. A Paula voltou bem na parte de chão, mas falta evoluir no salto, no ataque e no bloqueio. Ela é uma jogadora de força, tem experiência internacional, é muito importante para o grupo. Mas precisa estar bem, pelo menos com 80% da sua capacidade”, destacou.
A seleção brasileira embarcará para o Japão no dia 20 de outubro para o período de aclimatação. A estreia da equipe no Mundial será nove dias depois, contra o Quênia, em Hamamatsu. Além das quenianas, o Brasil, que está no grupo B, enfrentará outras quatro seleções na primeira fase da competição: Porto Rico, Itália, Holanda e República Tcheca.
Para Zé Roberto, o time evoluiu em relação ao Grand Prix, em agosto, quando o Brasil conquistou a medalha de prata.
“Conseguimos atingir uma eficiente situação de saque. Estamos com uma boa quantidade de jogadoras com o saque preciso. Vimos isso nos amistosos contra os Estados Unidos, quando conseguimos desestabilizar o passe adversário. Nosso bloqueio também melhorou. A defesa evoluiu, mas ainda não é a ideal. Hoje, os contra-ataques são a nossa maior preocupação. Ainda precisamos ser mais efetivos neste ponto”, analisou.