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Saúde

Número de mamografia cresce 21,8% na rede pública do DF

Mais de 13 mil exames foram realizados entre janeiro e junho; diagnóstico precoce segue como principal estratégia contra o câncer de mama

Redação Jornal de Brasília

14/10/2025 14h57

Foto: Mariana Raphael/Arquivo Agência Saúde-DF

Foto: Mariana Raphael/Arquivo Agência Saúde-DF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou cerca de 13 mil mamografias no primeiro semestre de 2025, um aumento de 21,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram realizados pouco mais de 11 mil exames. O crescimento reflete o esforço da rede pública em ampliar o acesso ao diagnóstico precoce do câncer de mama.

A mamografia é indicada principalmente para mulheres a partir dos 50 anos, mas também pode ser solicitada para pacientes mais jovens que apresentem sintomas ou alterações mamárias. O exame é fundamental para detectar precocemente problemas nos seios, aumentando as chances de cura.

Maria Gorete Gomes, 60 anos, realiza o exame com regularidade. “Não tenho nenhum tipo de doença, mas acho muito importante fazer a mamografia. É melhor prevenir”, afirma.

Importância do diagnóstico precoce

Referência Técnica Distrital em Mastologia da SES-DF, Farid Buitrago reforça que, apesar de causar desconforto, o exame é essencial para identificar lesões ainda não palpáveis. “O autoexame é importante, mas não tem a exatidão da mamografia, que continua sendo a melhor forma de detectar o câncer de mama em estágios iniciais”, explica o mastologista.

O caso de Maria da Conceição da Silva, 75 anos, ilustra a importância do exame. Após uma ultrassonografia, ela foi encaminhada a um mastologista da rede pública e, em poucos dias, realizou a mamografia. O exame apontou uma alteração classificada como BI-RADS 4, indicativa de suspeita de câncer. Atualmente, Maria está em acompanhamento, realizando biópsias e exames complementares na rede da SES-DF.

A filha, Nair Silva, 48, destaca a agilidade no atendimento. “Foi tudo muito rápido e essencial. A mamografia mostrou algo que o ultrassom não identificaria de início. Detectar cedo faz toda a diferença”, disse.

Atendimentos e cirurgias

Em 2023, a rede pública do DF realizou 487 cirurgias relacionadas ao câncer de mama. Em 2024, o número foi de 452, e, de janeiro a julho deste ano, já foram registradas 265 operações.

As mamografias são realizadas nos hospitais regionais do Distrito Federal, após avaliação e encaminhamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Quando há alterações, as pacientes são direcionadas para exames complementares, como ultrassonografia e biópsia.

Locais de atendimento

A capacidade de atendimento é distribuída entre os mamógrafos da rede pública, localizados nas seguintes unidades:

  • Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib)
  • Hospital da Região Leste (HRL)
  • Hospital de Base (HBDF)
  • Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu)
  • Centro de Radiologia de Taguatinga
  • Hospitais regionais de Samambaia (HRSam), Gama (HRG), Taguatinga (HRT), Ceilândia (HRC), Santa Maria (HRSM) e Asa Norte (Hran)

A entrada para o atendimento é feita pelas UBSs, onde o paciente passa por avaliação clínica antes de ser encaminhado para o exame.

Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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