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Saúde

Novo programa do GDF amplia acesso a diagnósticos e tratamentos oncológicos na rede pública

De acordo com o secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, o programa foi estruturado para encurtar o tempo de espera e melhorar o prognóstico dos pacientes

Redação Jornal de Brasília

16/07/2025 15h34

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) deu início ao programa “O câncer não espera. O GDF também não”, com o objetivo de garantir um atendimento mais rápido, coordenado e humanizado aos pacientes oncológicos da rede pública de saúde. A iniciativa é gerenciada pela Secretaria de Saúde (SES-DF) e amplia o acesso a consultas, exames, diagnósticos e tratamentos para pessoas com câncer.

De acordo com o secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, o programa foi estruturado para encurtar o tempo de espera e melhorar o prognóstico dos pacientes. “Hoje o tempo é primordial para um paciente oncológico. O governador determinou uma solução rápida para o problema, e desenhamos toda uma linha de cuidado para fortalecer o tratamento”, explicou Lacerda durante entrevista ao programa CB.Poder, da TV Brasília e Correio Braziliense.

O projeto começou na última segunda-feira (14), quando 48 pacientes que estavam na fila foram agendados e 23 já iniciaram tratamento. Nesta quarta-feira (16), outros 40 serão contatados pela equipe de saúde para ingressar na nova linha de cuidado. A previsão é que 1.383 novos tratamentos oncológicos sejam realizados em três meses no Distrito Federal.

Entre as principais mudanças, o programa cria uma fila única e prioritária para pacientes com câncer, coordenada pela Central de Regulação Unificada. Além disso, a rede pública passa a contar com dois turnos de atendimento em radioterapia, com aumento de 50% nas vagas, além da ampliação do número de consultas. Pacientes oncológicos agora recebem uma carteirinha para agilizar o fluxo de atendimento desde a triagem até o início do tratamento, seja cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.

O atendimento também foi expandido com o apoio da rede privada. Desde maio, clínicas e hospitais especializados passaram a ser credenciados, totalizando oito unidades com investimento superior a R$ 14 milhões. A medida já surtiu efeito: de março a julho, a fila oncológica caiu 25%, passando de 889 para 669 pacientes, enquanto a fila da radioterapia foi reduzida em 34%, caindo de 630 para 415 pessoas. O tempo médio de espera também caiu — de 74 para 51 dias na oncologia (redução de 31%) e de 54 para 30 dias na radioterapia (redução de 44%).

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) projetam 8.831 novos casos de câncer no DF entre 2023 e 2025. Considerando a Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride), o número sobe para 10.367 casos, sendo os mais comuns os cânceres de mama, cólon e útero entre mulheres e próstata, cólon e pulmão entre homens.

Para o secretário Juracy Lacerda, a iniciativa marca um avanço importante. “Sabemos que o envelhecimento da população aumenta a incidência de câncer, por isso precisamos agir. Além da ampliação do acesso, monitoramos o processo em tempo real com painéis digitais e reforçaremos ações de prevenção, porque o diagnóstico precoce é decisivo para a cura”, afirmou.

Co informações da Agência Brasília

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