A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), ou seja, o acúmulo de gordura no fígado, inclui uma ampla variedade de sintomas que varia desde a simples esteatose até uma cirrose grave. Usualmente, o diagnóstico desses problemas é feito por meio da biopsia. Porém, estudos demonstram que essa doença afeta cerca de 30% da população, e seria impraticável fazer esse tipo de procedimento invasivo em todos. Por isso, Dr. Jerome Boursier, Médico hepato-gastroenterologista do Hospital Universitário de Angers na França decidiu pesquisar as áreas de diagnóstico não invasivo em doenças crônicas hepáticas.
“O nosso desafio sempre foi o de identificar, entre todos os pacientes com DHGNA, a pequena porção com a doença no estágio avançado. A biópsia deve ser considerada apenas para esses pacientes com fibroses. Então como poderemos separar esses grupos antes mesmo de realizar a pequena cirurgia? Por meio de exames de sangue em conjunto com uma série de parâmetros clínicos como idade e índice de massa corpórea”, explica o médico especialista.
Este foi o principal tópico discutido em jantar científico na última quarta-feira, dia 21 de outubro, promovido pelo Laboratório Exame para os gastroenterologistas, hepatologistas e infectologistas de Brasília. Dra. Tatiana Veloso, diretora-médica do laboratório Exame, agradeceu a presença de todos devido à importante troca de experiências entre médicos dos dois países. “Essa foi uma oportunidade para trocarmos estudos de caso e ampliarmos as nossas visões sobre o prognóstico dessa doença que afeta tanto a população mundial”, conclui a respeito do evento que ocorreu na Trattoria da Rosario no Lago Sul.