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Saúde

Médico vai além do plantão e percorre 20 km para garantir atendimento vital a recém-nascido

Médico se desloca à noite até hospital para garantir atendimento emergencial a recém-nascido em estado grave

Redação Jornal de Brasília

23/07/2025 14h04

Foto: Divulgação/IgesDF

Foto: Divulgação/IgesDF

No auge da sazonalidade das doenças respiratórias, um gesto de empatia e prontidão salvou a vida do pequeno Pedro Lucas dos Santos Oliveira, de apenas dois meses. No dia 9 de julho, o bebê deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas com um grave quadro de bronquiolite. A mãe, Janaína Francisca dos Santos, moradora da região, buscava atendimento urgente para o filho, que já havia enfrentado outras internações pelo mesmo motivo.

Diante da gravidade, a equipe da UPA providenciou a transferência do bebê para a UTI pediátrica do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). No entanto, havia uma condição delicada: o hospital só poderia receber Pedro Lucas se ele chegasse dentro de um horário específico, enquanto ainda houvesse um profissional capacitado para realizar o acesso venoso — procedimento essencial para o início do tratamento. Caso contrário, a transferência seria inviável.

Foi então que o coordenador médico do Instituto de Gestão Estratégica do DF (IgesDF), o cirurgião cardiovascular Isaac Azevedo Silva, se voluntariou para ir pessoalmente ao HRSM realizar o procedimento. “Combinei com a equipe do hospital que, se eles recebessem o Pedro Lucas, eu iria até lá realizar o procedimento. E foi o que aconteceu. Quando o bebê chegou, já passava das 21h. Me acionaram e fui imediatamente”, relatou o médico.

A atitude foi crucial para garantir o acolhimento do bebê na UTI. Dias depois, com o filho recuperado, Janaína voltou à UPA para agradecer pessoalmente ao médico. “O doutor Isaac foi um anjo de Deus pra mim e pro meu filho. Já estavam tentando furar a veia dele, e nada funcionava. Ele precisava ser sedado e não conseguiam pegar o acesso. Foi então que o doutor se prontificou a ir até o hospital para fazer o procedimento. Se não fosse por ele, meu filho não teria sido transferido”, contou emocionada.

A história comoveu os profissionais da unidade e evidenciou o impacto da atuação humanizada na saúde pública. “A técnica médica é fundamental, mas, muitas vezes, o que transforma o cuidado é algo que não se aprende nos livros. A formação técnica é a base profissional, mas é a empatia que constrói a ponte entre quem cuida e quem precisa de cuidado”, destacou a gerente da UPA, Ingrid Borges.

O reencontro com Pedro Lucas também emocionou o médico. “Ver o Pedro bem, no colo da mãe, me deixou profundamente tocado. Ela fez questão de voltar para agradecer. Fiquei muito feliz e grato. A situação era grave, mas conseguimos vencer juntos. Isso dá sentido ao que fazemos todos os dias”, afirmou Isaac Silva.

Janaína encerrou seu relato com um agradecimento que resume o impacto da atitude do médico: “O doutor Isaac sempre vai ter minha admiração e meu respeito. Ele não só cuidou do meu filho no momento mais difícil, ele foi até o meu bebê e o salvou. Isso eu nunca vou esquecer.”

Com informações do IgesDF

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