Titular absoluta na temporada e melhor atacante do Grand Prix 2010, Jaqueline repetiu o marido Murilo ao atribuir ao casamento a boa fase na qual vive a seleção brasileira. Durante o desembarque do time masculino na semana passada, o ponteiro já havia indicado este fato ao explicar o ótimo momento pelo qual passa na carreira.
“Eu cresci muito com este casamento. Estar junto do Murilo, jogando de volta no Brasil e ao lado da minha família me deu uma motivação para voltar melhor”, comentou a atacante, que ficou o ano passado afastada do time nacional para resolver problemas familiares e para cuidar da união com o jogador.
Jaqueline e Murilo se casaram em 23 de outubro de 2009, após dez anos de namoro. Mas, apesar da premiação individual no Grand Prix, ela preferia voltar ao Brasil com outro adorno em homenagem ao que jogou na China.
“Felizmente eu puder ganhar este mérito tão grande, que eu nunca tinha conquistado, mas eu trocaria esse título de melhor jogadora pela medalha de ouro”, comentou a atleta.
Com duas derrotas em cinco jogos na fase final, o Brasil precisou se contentar com a prata, atrás dos Estados Unidos. “Isso de eu ser melhor atacante vale para todas as jogadoras da seleção, pois elas me ajudaram muito. Não é porque ganhei melhor atacante que eu sou melhor do que ninguém”, discursou.
Passe
Se por um lado esteve muito bem no ataque, Jaqueline perdeu eficiência no passe, fundamento no qual sempre se destacou. De acordo com estatísticas da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), ela ficou apenas em sexto lugar entre as melhores recepções da fase final, com 41,42% de aproveitamento. Na fase classificatória, ela ficou no 11º lugar, com 35,19% de eficiência.
Ainda assim, a jogadora se disse feliz com o fundamento. “Eu tenho uma responsabilidade muito grande ali na seleção, ao lado da Fabizinha, de passe, defesa, fundo de quadra, volume de jogo… pude ajudar e volto satisfeita com o passe. Tem que melhorar muito, mas eu volto satisfeita”, assegurou.