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Saúde

Fofão aprova amiga Fabíola como sucessora na seleção

Arquivo Geral

15/11/2010 13h34

Capitã e um dos destaques da campanha que culminou com o ouro nas Olimpíadas de Pequim, título mais importante da história do vôlei feminino brasileiro, Fofão só não esteve no Japão porque não quis. Em plena forma aos 40 anos de idade, a levantadora viu seu nome envolvido em boatos e pedidos para disputar o Campeonato Mundial, mas não cedeu aos apelos e manteve a decisão tomada há dois anos: não defenderá mais a seleção brasileira.

Isto, entretanto, não significa que ela não se importe mais com o time. Sempre que pôde, acompanhou os jogos da equipe diretamente da Turquia, onde nesta temporada defenderá o Fenerbahce sob o comando do técnico José Roberto Guimarães, que também dirige a seleção brasileira.

Ela, inclusive, chegou a trocar mensagens com as jogadoras durante o torneio. “Acho que a amizade é grande, eu sei como é estar lá e elogiar é bom”, comentou Fofão. Uma das principais destinatárias era Fabíola, nova titular da posição de levantador da seleção brasileira. E o desempenho dela no Mundial foi aprovado.

“A Fabíola está aproveitando bem a oportunidade e tem demonstrado muita coragem diante desta cobrança toda. Tem uma personalidade muito boa”, analisou Fofão, que diz só ter mandado mensagens de incentivo para as antigas companheiras de equipe. “Na parte técnica eu não me meto porque senão atrapalha”, justifica.

Dani Lins também conversou com Fofão, mas bem menos que a companheira de equipe. “Ela teve uma cobrança muito maior que a Fabíola, mas vai melhorar muito. Foi muito peso em cima dela, a Fabíola teve uma cobrança menor”, afirmou Fofão ao apontar as causas do baixo rendimento da reserva diante de times mais fortes.

A levantadora lembra que também foi bastante pressionada quando substituiu Fernanda Venturini. “Eu também passei por isso, todo mundo falava que a seleção ia cair de rendimento. Mas é preciso tempo para ter confiança, falei para as meninas. Só o tempo mesmo”, acredita.

Triste com a perda do título para a Rússia, mas dizendo-se orgulhosa do time nacional, Fofão apontou o motivo pelo qual, com apenas três titulares da campanha em Pequim, o Brasil quase chegou ao título mundial – além dela, a central Walewska decidiu não defender mais a seleção, enquanto as ponteiras Mari e Paula Pequeno estavam machucadas.

“Acho que o Brasil tem muito talento, uma coisa que não existe nem nenhuma outra parte do mundo. Da base que sobrou, vem a experiência, mas é muita qualidade”, destacou.

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