No dia 1º de agosto de 2006 entrou em vigor a norma que obriga os fabricantes a especificarem na embalagem de cada produto a quantidade de gordura trans contida nos alimentos. A medida foi determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e comemorada por muita gente, principalmente profissionais da saúde que entendem os prejuízos dessa substância.
Doutor Paulo Cardoso, cardiologista do Hospital do Coração, em Brasília, afirma que a gordura trans é extremamente prejudicial ao coração e não deve ser ingerida. “A gordura trans entra no metabolismo e induz a produção do LDL (colesterol ruim). Isso causa obstruções das artérias coronárias que podem levar ao infarto, insuficiência cardíaca e até morte súbita”, alerta o especialista.
Esse tipo de substância industrializada está presente em sorvetes de massa, batata frita congelada, salgadinhos (chips), margarinas sólidas ou cremosas, massas de bolo industrializadas, pipoca de micro-ondas, nuggets, sanduíches de fast-foods, pizzas, etc. Além desta, ainda há as gorduras saturadas que têm origem animal e prejudicam menos a saúde, mas também devem ser evitadas.
“As saturadas estão presentes em carnes, ovos, leites e recomendamos que esses alimentos sejam consumidos com moderação. Eles podem fazer parte do cardápio todos os dias, mas em porções pequenas. Uma dica é que quanto mais amarelado for o queijo, por exemplo, mais gorduras ele tem. Então procure um com a coloração mais esbranquiçada”, aconselha.
O especialista indica, então, a substituição de alguns alimentos para uma maior preservação do corpo saudável. “Existem as gorduras mono e poli insaturadas que estão presentes nos peixes e nos óleos vegetais (canola, soja e milho) e fazem um bem enorme ao corpo e principalmente ao coração. O azeite é muito bom, mas evite óleo de coco e de palma”, indica.