Oito vezes campeã da Liga Mundial, a seleção brasileira masculina de vôlei estreia na noite desta quarta-feira na fase final da competição. Em Córdoba (Argentina), o time comandado pelo técnico Bernardinho encara os donos da casa a partir das 21 horas (horário de Brasília).
Caso vença a competição, o Brasil deixa a Itália para trás e se isola como maior vencedor da história. Os italianos, porém, também estão na luta pelo título e fazem sua primeira partida um pouco antes, às 17 horas, contra a Rússia.
A despeito do fato de a seleção argentina só ter se classificado por sediar os jogos decisivos e ainda não ter vencido nenhuma partida na Liga, a seleção brasileira se mantém alerta para evitar surpresas. “Eles vão jogar sem responsabilidade, com o apoio da torcida. O Brasil vai entrar sempre com a pressão de ganhar”, afirma o técnico Bernardinho.
Para não passar vexame diante de sua torcida, os argentinos fizeram uma dura preparação. “Será uma pedreira. Eles tiveram a oportunidade de jogar dois amistosos com Cuba, na semana passada, e ainda fizeram um jogo-treino contra a Rússia, neste fim de semana. É um time que está bem preparado, e o Javier Weber (técnico) teve a chance de fazer várias mudanças a equipe”, destacou.
Weber confirma que os maus resultados da fase classificatória aconteceram porque o foco dos jogadores era outro. “Nós estávamos nos preparando para este momento e agora queremos obter resultados chave esta semana”, avisou.
O retrospecto é amplamente favorável aos campeões mundiais: em 20 anos de Liga Mundial, Brasil e Argentina se enfrentaram em 18 ocasiões – a primeira foi em 1996, na sétima edição do campeonato. A seleção brasileira jamais perdeu. Na história do vôlei, brasileiros e argentinos estiveram frente a frente 93 vezes, e, em 78 oportunidades, a comemoração foi verde-amarela, contra apenas 15 dos rivais vizinhos.
O formato de disputa da fase final da Liga Mundial dividiu as seis seleções classificadas em dois grupos, o E, composto por Brasil, Argentina e Sérvia e o F, que conta com Rússia, Itália e Cuba. Após confronto com os adversários de chave, os dois melhores se classificaram para a semifinal, onde o 1º do E encara o 2º do F e o 1º do F duela contra o 2º do E.
