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Saúde

Cuidados com o pé diabético: Conheça serviço da Policlínica do Gama

Com acompanhamento médico e enfermeiro, pacientes com diabetes recebem curativos, orientações de autocuidado e monitoramento de feridas, evitando complicações graves nos pés

Redação Jornal de Brasília

03/09/2025 16h28

Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

Uma ferida no dedão que não cicatrizava, seguida de infecção, levou à amputação do pé e, posteriormente, de parte da perna de Luzineide da Silva, 56 anos. Diagnosticada com diabetes tipo 2 há 15 anos, ela destaca a importância do acompanhamento que recebe há três anos no Ambulatório do Pé Diabético da Policlínica do Gama.

“Me sinto acolhida. As enfermeiras e os médicos são experientes e humanos. Que bom que temos um local como esse para cuidar da gente. Fiz a primeira amputação em janeiro de 2023 e a segunda em abril agora”, conta Luzineide, que aguarda a cicatrização para receber uma prótese.

O pé diabético é uma das complicações mais graves do diabetes mellitus não controlado, surgindo quando uma ferida ou infecção nos pés evolui para lesão, podendo levar à amputação do membro afetado.

Raquel Carneiro, gerente da Atenção Secundária da Policlínica do Gama, ressalta que o acompanhamento regular e o autocuidado são fundamentais para prevenir feridas e manter a doença sob controle. “É necessária a limpeza diária e a secagem adequada dos pés após o banho, especialmente entre os dedos, além de verificar se há machucados. Com a enfermidade, a sensibilidade reduz e as feridas não são percebidas”, afirma.

Somente na Policlínica do Gama, entre janeiro e junho de 2025, foram realizados 2.457 atendimentos no Programa Pé Diabético. Entre os cuidados recomendados estão o uso de hidratantes para evitar o ressecamento da pele; calçados confortáveis e firmes; corte reto das unhas; verificação da temperatura da água do banho; e manutenção de curativos limpos, além de dieta equilibrada e controle da glicemia.

Francisco Belarmino de Souza, 73 anos, também é acompanhado no ambulatório. Com diagnóstico de diabetes tipo 2 e doença arterial obstrutiva periférica, ele passou por angioplastia e desbridamento após uma ferida no calcanhar do pé direito. “O tratamento aqui é excelente, a equipe é muito atenciosa e profissional. Os curativos são muito bem limpos. Estou bem satisfeito”, afirma, destacando a importância da troca semanal dos curativos.

A enfermeira Cíntia Pelegrini explica que o plano de cuidado envolve avaliação da ferida, escolha da cobertura adequada, troca do curativo e monitoramento da cicatrização. “Nossos pacientes têm histórico recente de amputações, infecções e lesões graves nos pés. É preciso acompanhamento regular com o médico, controle do diabetes, autocuidado, alimentação equilibrada e, se recomendado, atividade física adaptada”, destaca.

O Programa Pé Diabético conta com equipes de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que oferecem assistência completa, incluindo pacientes em pós-operatório de amputações e desbridamentos. Além da Policlínica do Gama, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal oferece atendimento especializado em Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Sobradinho, Planaltina, Guará, Plano Piloto e no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh). Nos ambulatórios, são realizados curativos, avaliação das feridas, verificação dos pulsos nos membros inferiores e orientação para o autocuidado.

Os sintomas mais frequentes do pé diabético incluem fraqueza nas pernas, formigamento constante, queimação nos pés e tornozelos, dormência, dor e sensação de agulhadas, além da perda de sensibilidade. O atendimento inicial é realizado na unidade básica de saúde (UBS), com encaminhamento para serviços especializados quando necessário.

Com informações da Agência Brasília

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