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Saúde

Conheça os benefícios da fisioterapia no tratamento do câncer de mama

A maior parte das pessoas desconhece o fato de que homens, na condição de mamífero, também nascem com tecido mamário

Redação Jornal de Brasília

02/06/2021 14h54

Foto: Divulgação

Levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelou que o Brasil somará cerca de 66 mil novos casos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres – o que faz dele o tumor mais incidente entre as mulheres depois do câncer de pele-não melanoma. Mundialmente os dados também são alarmantes: o câncer de mama afeta 2,26 milhões de pessoas por ano, o que representa 11,7% dos novos casos de câncer no mundo, de acordo com levantamento divulgado pelo Global Cancer Observatory (GCO) em 2020.

A maior parte das pessoas desconhece o fato de que homens, na condição de mamífero, também nascem com tecido mamário. Para cada 100 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, existe um homem atingido pela doença. Isso significa que os homens representam 1% do total de casos de câncer de mama no Brasil.

O câncer de mama é tratado de acordo com o estágio da doença e do tipo de tumor. Na maioria dos casos, a cirurgia é a primeira etapa do tratamento e pode implicar a remoção do tumor ou da mama completa. A radioterapia tem como objetivo reduzir a chance de as células voltarem a crescer e evitar um novo aparecimento da doença no mesmo local. Já a hormonioterapia, como o próprio nome sugere, é indicada para bloquear o estímulo hormonal que levaria ao crescimento do tumor.

A tendência mundial é que os pacientes diagnosticados com câncer de mama tenham cada vez mais acesso a tratamentos modernos e multidisciplinares que impactam no sucesso do tratamento e na qualidade de vida. Nesse contexto, a fisioterapia tem um papel importantíssimo. “A paciente em pré-operatório de câncer de mama deve procurar o fisioterapeuta especializado para que possa ser orientada sobre as prováveis limitações iniciais. Esse acompanhamento trará conforto e segurança para prosseguir com o tratamento. Durante o atendimento no pós-operatório é comum relatos de dor no ombro e no braço devido a tração da pele e dos músculos da axila e do tórax devido a manipulação cirúrgica. Já a paciente que faz radioterapia, por exemplo, é importante ter seus movimentos livres e sem restrições para a eficácia do tratamento, ou seja: em todas as etapas do tratamento a fisioterapia é fundamental”, afirma Kristina Bernardes, fisioterapeuta especializada em reabilitação de câncer de mama da Oncoclinicas Brasília.

A fisioterapeuta explica que quanto maior o procedimento cirúrgico, maiores as chances de a paciente vir a ter alguma complicação físico-funcional e com isso, algumas das atividades do dia a dia podem ficar prejudicadas. “Muitas vezes a cirurgia ocasiona a limitação das atividades diárias como vestir blusas, escovar cabelos e etc. O formigamento, queimação ou dormência, sensação de peso nos braços são queixas frequentes dessas pacientes”, diz Kristina.

A fisioterapeuta da Oncoclinicas Brasília reforça que a recuperação da força muscular após a cirurgia de mama é fundamental para que a paciente consiga ter de volta as suas funções e atividades diárias sem dores e com qualidade de vida. “Os exercícios são específicos para cada caso e fase do tratamento visando a recuperação funcional da região afetada. Por isso, o acompanhamento em todas as etapas seja a quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia é importante. É aí que avaliamos quando essa paciente pode, por exemplo voltar para a academia ou outra atividade”, complementa a profissional.

Ela ressalta ainda, que a atividade física durante a terapia contribui muito para o bem-estar da paciente e ajuda a reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos. “ A atividade física ajuda também na reabilitação após uma cirurgia e isso é vital para devolver à paciente a sua autonomia”, finaliza Kristina.

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