Titulação é essencial para atestar a qualidade de diferentes produtos
Embora grande parte das indústrias seja bastante diferente, existem partes dos processos que são iguais. Esse é o caso da titulação, técnica que determina a quantidade de substância em uma amostra. Para chegar a essa resposta, é necessário adicionar um reagente com concentração conhecida.
No setor de alimentos, o método é essencial para identificar se os produtos estão dentro da qualidade e dos parâmetros de alguns ingredientes, como o sódio e o açúcar. Já para desenvolver cosméticos, é preciso também identificar se não há algo com parabenos acima do limite permitido, além de outros componentes.
Confira a seguir os principais usos da titulação e as diferenças de como era realizada antes e como está mais tecnológica agora!
Como a titulação é usada em diversas indústrias
A titulação é usada largamente em pesquisas, desenvolvimento e controle de qualidade. Ou seja, está presente em todas as fases das indústrias.
Farmacêutica
Por se tratar de uma indústria que está relacionada com a saúde, todo cuidado é pouco na fabricação de seus produtos. Nesse sentido, a titulação é aplicada para fazer a análise de pureza das substâncias e assegurar a composição dos medicamentos.
Alimentícia
Além de ajudar a identificar a quantidade de sal, açúcar e gorduras, a técnica permite avaliar a acidez das bebidas. Para o vinho, por exemplo, a acidez é uma das características que mais impacta no sabor. Aqui, a titulação é responsável pela segurança alimentar, e por definir o prazo de validade.
Água
Outra indústria em que a titulação está presente é de tratamento de águas residuais. Por meio de parâmetros como pH e teor de metais, a análise consegue determinar se a água está de fato limpa, ou se pode causar algum dano.
Como a titulação é realizada
Embora tenha muitos benefícios, a titulação é uma técnica considerada simples, e que pode ser replicada em diversos ambientes. O princípio dela consiste em adicionar um reagente (titulante) até que uma reação se complete.
Para que a análise seja precisa, é necessário que o final da reação seja facilmente observado e que não deixe dúvidas. Por exemplo: se a mistura mudar de cor. Devido a isso, em geral, o titulante é um ácido ou base forte.
A titulação tem como regras ser rápida, inequívoca, completa e observável. Ou seja, o profissional deve acompanhar a reação e em pouco saber se a técnica funcionou ou não. Em caso de dúvidas, o teste precisará ser refeito.
Vale notar que a titulação é uma técnica antiga, e que já é aplicada em todo o mundo há muitos anos. Na técnica clássica, o titulante é adicionado por meio de uma torneira com uma bureta (uma vidraria de laboratório), uma amostra e um indicador de cor. Nesse caso, é necessário que o técnico tenha bastante experiência para garantir que o método esteja correto.
Há agora a titulação automática. Por meio de um aparelho que automatiza algumas operações, como adição de titulante e reconhecimento do ponto final, é possível obter mais precisão nas análises. Isso porque o próprio equipamento faz os cálculos necessários e emite relatórios, sem precisar de um olho tão atento do profissional.
De maneira análoga, pode-se dizer que a titulação clássica é como um termômetro de mercúrio. Ela funciona, mas precisa de conhecimento específico para saber se deu certo e as medidas – assim como é necessário saber ler o medidor de febre manual. Por sua vez, a titulação automática é como um termômetro digital, que entrega a informação com mais facilidade.
Grande parte dos grandes laboratórios e indústrias já investem em tituladores automáticos. Porém, a titulação tradicional continuará existindo, ainda mais em empresas menores. Até porque, ela tem um custo menor e não deixa de cumprir sua função. Ainda assim, para quem está olhando mais para o futuro, as ferramentas tecnológicas são um investimento importante a ser feito.
Como se percebe, independentemente do que produzam, as indústrias têm mais características em comum do que se imagina. A titulação é um desses exemplos, pois é uma técnica que permite controlar a qualidade, identificar substâncias em uma solução e garantir mais segurança aos consumidores. Sem contar que agora a técnica pode ser realizada com mais tecnologia, o que torna a análise ainda mais precisa.