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Saúde

Campeões mundiais, "novatos" só terão classe executiva em 2011

Arquivo Geral

13/10/2010 10h44

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) tem uma regra: só fornece passagens aéreas de classe executiva para os campeões olímpicos ou mundiais das seleções adultas. Trata-se de uma medida para estimular os atletas, cuja alta estatura se transforma em enorme sofrimento no pequeno espaço da classe econômica, alvo de reclamações até de quem possui altura na média da população brasileira (1,73m para homens e 1,60m para mulheres, de acordo com o IBGE).

Até o último domingo, somente quatro jogadores da seleção brasileira tinham este privilégio: Giba, Dante, Rodrigão, todos remanescentes da conquista dos títulos mundiais de 2002 e 2006 e campeões olímpicos em 2004, além de Murilo, integrante da conquista de quatro anos atrás.

Com a terceira conquista mundial sacramentada na Itália, 10 outros atletas passaram a fazer parte dessa lista. Mas somente no ano que vem é que Alan, Bruno, João Paulo Bravo, João Paulo Tavares, Leandro Vissotto, Lucão, Mario Jr., Marlon, Sidão e Theo poderão desfrutar desse privilégio.

“Nós não viajamos ainda na classe executiva”, lamentou o central Lucão, de 2,09m, confirmando que a volta de Roma foi bem desconfortável. “Para falar a verdade, foi a pior viagem que a gente fez porque era o menor avião da história. Estou, sei lá, há umas 38 horas sem dormir”, comentou o jogador, na manhã desta terça-feira.

Com 2,11m, Leandro Vissotto também relata dificuldades. “Acaba que vamos na saída de emergência, tem que dar uma adaptada na situação”, contou.

O desejado prêmio virou até brincadeira entre os atletas durante a final contra Cuba. “Eu brincava: ganhamos o primeiro set, eu consegui furar a fila para o business do check-in, o segundo set eu passei pelo raio-x, no terceiro set eu embarquei… Ninguém segura mais, agora estico a perna e não ando mais apertado. Não vou mais chegar tão cansado das viagens”, sorriu Lucão.

A felicidade do título mundial é tanta, porém, que até essas dificuldades de bastidores foram superadas. “Depois que somos campeões mundiais, passamos por cima disso tudo. Lembro que em um Mundial juvenil fomos jogar na Índia e deu tudo errado, a gente chegou um dia depois, perdeu o vôo, o vôo saiu atrasado e lá a gente foi vice…. foi duro. Aqui, poderia ser cinco dias de viagem que sendo campeão nós ficamos numa boa”, garantiu.

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