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Saúde

A crise hídrica pode afetar também a saúde

Arquivo Geral

16/03/2015 9h51

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a falta de saneamento básico, aliada ao uso inadequado da água na agricultura, são as principais ameaças às reservas de água doce do planeta. No intuito de promover ações coordenadas e aumentar a consciência sobre a importância da proteção e do gerenciamento da água, a Assembleia Geral da ONU instituiu, em 22 de março de 1993, o Dia Mundial da Água e proclamou o período de 2005 a 2015 como a Década Internacional da Ação sobre o tema “Água, Fonte de Vida”.

A crise causada pela falta deste recurso tem sido um dos temas mais debatidos no Brasil. Segundo Jaime Rocha, infectologista do Laboratório Exame, o acesso à água tratada e a gestão dela é essencial. “Não somente para prevenir a morte por desidratação, mas também para reduzir o risco de doenças relacionadas com a água contaminada, promover as necessidades básicas de higiene e ainda na preparação e consumo dos alimentos”, lista.

Rocha elenca que as doenças transmitidas por ingestão de água e de alimentos contaminados são a diarreia, de uma forma geral, com destaque para a diarreia dos viajantes, hepatite A, verminoses, cólera, febre tifoide e poliomielite. “Essas enfermidades são transmitidas através da ingestão de líquidos ou alimentos contaminados com vírus, bactérias ou parasitas. Os principais sintomas são febre, mal estar, náuseas, vômitos e diarreia. Se apresentar algum sintoma, mantenha a ingestão de líquidos e procure a assistência médica”, alerta o médico.

Cuidados dentro e fora de casa

O infectologista reforça que os cuidados devem ser redobrados quando se está em viagem. “Para evitar qualquer contaminação, consuma somente líquidos engarrafados ou enlatados abertos na hora do consumo, não ingira sucos naturais ou outras bebidas com gelo em locais duvidosos, prefira alimentos assados e cozidos, não ingira carnes cruas ou mal assadas, prefira as frutas que possam se descascadas, lave as mãos antes e após preparo de alimentos ou refeições, observe a higiene nos locais de preparo dos alimentos e sempre evite alimentos produzidos com ovos crus, como maionese e mousses”, reforça.

O especialista ainda dá dicas de medidas que podem ser adotadas por qualquer um de nós para contribuir para a preservação da água:

Evite desperdícios nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc.);

Não jogue lixo nos rios e nos lagos;

Reutilize a água quando possível (a água utilizada para lavar roupa pode, por exemplo, ser reutilizada na limpeza do chão da cozinha);

Evite lavar a calçada com água;

Divulgue ideias de preservação da água na sua comunidade.

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