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Política & Poder

Zema e MPF em MG lançam manifesto contra adiamento de concessão do metrô de BH

O manifesto diz que os recursos necessários às obras do metrô se encontram garantidos, alocados nos orçamentos e depositados em conta

FolhaPress

06/12/2022 14h19

Foto: Agência Minas Gerais

Guilherme Seto
São Paulo, SP

O governo Romeu Zema (Novo-MG) e o Ministério Público Federal em Minas Gerais vão publicar nesta terça-feira (6) um manifesto em defesa do leilão da concessão do metrô de Belo Horizonte, marcado para 22 dezembro.

Recentemente, representantes influentes da coligação vitoriosa do presidente eleito Lula (PT), como o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) defenderam que o leilão seja ao menos adiado.

O manifesto, assinado pelo procurador Fernando Martins e o secretário de Infraestrutura, Fernando Marcato, diz que os recursos necessários às obras do metrô se encontram garantidos, alocados nos orçamentos e depositados em conta dos governos federal e estadual.

Caso o leilão não seja realizado no período agendado, afirmam, os recursos podem ser destinados a outras finalidades. Além disso, a carta diz que os estudos que estruturaram os projetos com o decorrer do tempo se tornarão defasados e os recursos alocados serão insuficientes para as obras.

Em relação aos empregos dos trabalhadores da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), que têm sido motivo de preocupação dos aliados de Lula, os autores do manifesto dizem apoiar medidas que permitam a realocação deles para outros órgãos federais, caso não continuem na futura concessionária.

Segundo o texto, o metrô de Belo Horizonte está em franco processo de sucateamento, com uma frota antiga e sistemas de sinalização e controle, essenciais à segurança do serviço, já obsoletos. Além disso, o governo federal aporta atualmente R$ 300 milhões no sistema, sem qualquer investimento relevante nos últimos dez anos.

“Mantendo-se a atual operação do Metrô os cofres públicos terão gasto nos próximos 30 anos R$ 9 bilhões, sem que qualquer novo investimento seja feito. O projeto de concessão prevê que, nos próximos 30 anos, o governo federal aportará R$ 2,8 bilhões no projeto e o Governo de Minas Gerais, R$ 440 milhões”, diz o manifesto.

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