Lucas Neiva
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No último domingo (9), o Brasil inteiro foi surpreendido pela divulgação, através do site The Intercept Brasil, de ligações do ministro da Justiça e Segurança Pública (à época juiz federal) Sérgio Moro, que supostamente dava pistas ao Ministério Público Federal acerca de investigações sobre o ex-presidente Lula.
Os vazamentos dividiram opiniões. Apoiadores de Moro afirmam que não há ilegalidade no conteúdo das mensagens via Telegram, que conversas de juízes com procuradores e advogados são normais na justiça. Afirmam também que se trata de uma conversa privada exposta fora de contexto, que o público não teve acesso ao conteúdo completo. Além disso, defendem que esses vazamentos são ilegais, fruto de uma invasão feita por um ataque hacker.
Do outro lado, Moro é acusado de ter sido parcial durante o processo que resultou na condenação em primeira instância do ex-presidente. Que não cabe a um juiz guiar as ações ou dar dicas ao Ministério Público em um processo, e que o contato do juiz com as partes viola o Código de Ética da Magistratura.
A troca de farpas se mostra também nas redes sociais, com milhares de internautas se manifestando contra ou em defesa do ministro Sérgio Moro. No Twitter brasileiro, as hashtags #MoroCriminoso, #EuApoioaLavaJato, #EuApoioTheInterceptBR e #VazaMoro competem pelas primeiras posições nos trending topics, com mais de 100 mil tweets nesses tópicos. A discussão alcança as 10 hashtags mais utilizadas nos trending topics mundiais, com destaques para as hashtags #MoroCriminoso e #EuApoioaLavaJato.
O conflito nas redes sociais inclui tweets de pessoas notáveis da política, como o ex-candidato à presidência Guilherme Boulos e a deputada federal Carla Zambelli (PSL).
