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Política & Poder

Tropa de elite do Exército, ‘kids pretos’ são especializados em guerra irregular

Os “kids pretos” são considerados os militares mais combatentes do Exército, com formação em condições extremas

Redação Jornal de Brasília

19/11/2024 8h55

Kids preto

Foto: Divulgação/ Exército Brasileiro

CÉZAR FEITOZA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Alvos da Polícia Federal em operação desta terça-feira (19), “kids pretos” é o apelido dado aos militares do Exército formados nos cursos de Forças Especiais -considerada a tropa de elite da Força, com centro de formação em Goiás.

Eles são especializados em guerras irregulares, ações táticas para se infiltrar em território inimigo e transformação de leigos em combatentes.

Os “kids pretos” são considerados os militares mais combatentes do Exército, com formação em condições extremas -o que, na avaliação de generais ouvidos pela Folha de S.Paulo, resulta num caráter igualmente mais extremado.

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão na manhã desta terça (19) contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa que, segundo as investigações, planejou um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente Lula (PT).

Sobre a operação desta terça-feira, a PF afirmou que, entre as ações que seriam desenvolvidas para evitar a posse de Lula, estava o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que seria o assassinato do petista e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Outro alvo, sempre de acordo com as apurações da PF, seria o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que seria preso e morto em seguida.

Ao menos quatro militares, sendo um general da reserva, são alvos das medidas cumpridas em três estados (RJ, GO, AM) e no Distrito Federal. Todas as prisões já foram cumpridas.

São eles o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. O policial federal Wladimir Matos Soares também está entre os alvos dos mandados -esse também já preso.

Mario Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Ele também foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), mas deixou o cargo por decisão do STF.

O general mora em Brasília, mas aproveitava folga com a família no Rio de Janeiro no momento em que foi preso. Ele foi levado à Polícia Federal do Rio, onde deve ficar preso inicialmente e prestar depoimento.

Os outros militares tinham formação nas forças especiais, os chamados “kids pretos”, e estavam em cargos de comando no Exército até o início das investigações.

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