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Política & Poder

STF promove exposição que retrata importância do jornalismo para a democracia

O evento é parte da agenda comemorativa do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de maio

Redação Jornal de Brasília

04/05/2022 18h57

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Marcelo Rocha
Brasília, DF

A exposição “Liberdade & Imprensa: O Papel do Jornalismo na Democracia Brasileira” será lançada nesta quinta-feira (5) no STF (Supremo Tribunal Federal).

O evento é parte da agenda comemorativa do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de maio.

No início da sessão de julgamento desta quarta (4), o presidente do Supremo, Luiz Fux, afirmou que a imprensa livre é um dos pilares da democracia brasileira.

“É de suma importância prestigiarmos a imprensa profissional, que tem sido fundamental para a história do nosso Brasil”, disse.

A iniciativa é uma parceria do tribunal com a ANJ (Associação Nacional de Jornais) e estará aberta para visitação pública no Museu do STF, na Praça do Três Poderes, de 6 de maio a 4 de julho, às segundas e sextas, das 14h às 18h. A entrada é gratuita.

A exposição trará peças publicitárias sobre a importância do jornalismo na preservação e no fortalecimento dos princípios democráticos.

Vinte painéis vão reproduzir anúncios publicados pelos jornais associados da ANJ nos últimos anos em defesa da atividade jornalística. Parte do material terá ênfase no combate à disseminação de notícias falsas relacionadas ao processo eleitoral e à pandemia da Covid-19.

“A imprensa livre profissional é a primeira e mais eficaz vacina contra a epidemia de desinformação”, afirmou o presidente da ANJ, Marcelo Rech.

“Nada mais justo do que uma homenagem ao jornalismo, principal antídoto contra a manipulação dos fatos com objetivos autoritários e obscurantistas.”

Fux enalteceu o trabalho desenvolvido pelos profissionais do jornalismo (repórteres, redatores, editores, cinegrafistas, fotógrafos) que diariamente produzem e divulgam notícias e “que se prestam a informar a nossa sociedade, propiciando sua autodeterminação, suas escolhas e juízo de valor”.

“É de suma importância prestigiarmos a imprensa profissional, que tem sido fundamental para a história do nosso Brasil”, afirmou o presidente do Supremo.

O magistrado aproveitou para informar aos colegas sobre as reuniões do dia anterior com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. As três autoridades, segundo disse, estão comprometidas com a normalidade do processo eleitoral.

De acordo com a ANJ, a escolha do Museu do STF para abrigar a exposição sobre a liberdade de imprensa está no fato de o tribunal ser o maior guardião da Constituição e aliado da democracia no combate à desinformação.

Alvo de ataques verbais e ameaças a seus integrantes, o Supremo tem sido chamado a dar respostas diante do avanço de grupos engajados em disseminar notícias falsas.

Inquéritos tramitam na corte para investigar essas organizações, incluindo o seu financiamento. Entre os alvos estão aliados de Jair Bolsonaro (PL). O próprio presidente é alvo de apurações, incluindo um inquérito sobre falsa associação entre vacinação contra a Covid-19 e Aids.

Após a fala de Fux, a ministra Cármen Lúcia também abordou o papel da imprensa.

“Não há democracia sem imprensa livre. Acho que é algo bem simples de ser entendido”, disse Cármen, frisando que direito à informação é garantia constitucional.

De acordo com ela, não se pode prescindir de informação num período “de tantas mentiras, mentiras dolosas, planejadas para cumprir determinados objetivos”.

“É a imprensa que consegue desfazer [fake news], esclarecer, informar, para que a gente tenha uma democracia com padrões de dignidade humana que se pretende.”

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