Preso desde a semana passada na Papuda, Silvinei Vasques, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), disse que está sendo vítima de “tortura psicológica” no complexo penitenciário. Ele é investigado em uma operação que investiga interferência no segundo turno das eleições de 2022, quando foram montadas operações de blitz, o que atrapalhou eleitores a votarem.
Silvinei teria reclamado de risco para sua integridade física, pela proximidade de outros presos comuns. Além disso, disse que o excesso de barulho na cadeia atrapalha o seu sono, e que isso agravava problemas de saúde, pois baixa sua imunidade.
Para completar, o ex-diretor da PRF disse que passa fome na Papuda, pois tem resistência à glúten e teve uma alimentação especial negada.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) disse que Vasques está separado de outros presos, e que houve a checagem das restrições alimentares do recém ingresso.
“Como todo custodiado que ingressa no Sistema penitenciário do DF, S.V. foi submetido a avaliação médica pela equipe de saúde da unidade penal no dia 11/08/2023. Nesta triagem, entre outros indicadores de saúde, há a checagem de restrições alimentares do recém ingresso. Estes indicadores são encaminhados imediatamente às empresas fornecedoras de alimentos para que a equipe de nutricionistas atendam as recomendações médicas e adequem as dietas de cada indivíduo.
São ofertadas a todos os reeducandos 04 refeições diárias, conforme especificações abaixo:
– Café da manhã: pão com manteiga ou margarina e um achocolatado.
– Almoço: 650 gramas, sendo 150g de proteína, 150g de guarnição, 150g Feijão (90g de grão e 60g de caldo) e 200g de arroz. Os custodiados ainda recebem um suco de caixinha.
– Jantar: 650 gramas, sendo 150g de proteína, 150g de guarnição, 150g Feijão (90g de grão e 60g de caldo) e 200g de arroz.
– Ceia: sanduíche e uma fruta.
A Secretaria de Administração Penitenciária informa que o custodiado em questão permanece separado de outros reeducandos. Todas as denúncias relacionadas ao sistema penitenciário são criteriosamente apuradas e, havendo qualquer indício de materialidade, punições administrativas são aplicadas sem o prejuízo das sanções criminais aplicáveis ao caso.”