Na manhã de hoje, Alexandre Gomes Machado, assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência, foi exonerado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O servidor era o responsável pela coordenação do pool de emissoras que transmitem a propaganda eleitoral em rádio e TV.
O servidor compareceu à Polícia Federal após a exoneração, pois se sentiu vítima de abuso de autoridade e diz temer sua integridade física.
“Até a data de hoje estava ocupando a função de assessor do gabinete da Secretaria Judiciária do TSE; que na data de hoje, sem que houvesse nenhum motivo aparente, foi exonerado do cargo e conduzido por seguranças para o exterior do tribunal, tendo ainda que entregar seu crachá de servidor. Que acredita que a razão da sua exoneração seja pelo fato de que desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita. que a fiscalização seria necessária para o fim de saber e as propagandas de fato estariam sendo veiculadas”, disse Machado no depoimento, que foi divulgado pela CNN.
Machado ainda disse que hoje, antes de tudo acontecer, recebeu um e-mail da emissora de rádio JM On Line, que admitiu ter deixado de repassar em sua programação 100 inserções da coligação de Bolsonaro entre os dias 7 e 10 de outubro.
“Comuniquei o caso para Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, por meio de e-mail, e cerca de trinta minutos após esta comunicação, fui informado pelo meu chefe imediato de que estava sendo exonerado”, completou o servidor.
Em nota, o TSE afirmou que a exoneração “faz parte das alterações que o presidente da corte, Alexandre de Moraes, tem promovido em sua equipe após assumir o cargo”.