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Política & Poder

Senador quer investigar por que Portal da Transferência caiu

Alessandro Vieira (Cidadania-SE) já havia pedido investigação sobre os gastos com compras do governo, incluindo os R$ 15 mi em leite condensado

Redação Jornal de Brasília

27/01/2021 11h28

Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) quer que haja investigação sobre a queda do Portal da Transparência do governo federal — a página saiu do ar na noite de terça (26), após vir à tona os gastos do Executivo, e voltou na manhã desta quarta (27). Para Alessandro, o apagão “aumenta a suspeita” da existência de irregularidades.

Alessandro já havia feito um pedido de investigação sobre os gastos. O governo de Jair Bolsonaro gastou mais de R$ 1,8 bilhão em 2020, sendo R$ 15 milhões com leite condensado. O parlamentar, juntamente com os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES), pediu que o Tribunal de Contas da União apure o caso.

“Solicitei informações sobre esse “apagão” [no Portal da Transparência]. Isso só aumenta a suspeita de problemas sérios nestes gastos”, disse Vieira ao jornal O Estado de S. Paulo. “O pior é saber que este tipo de despesa teve um aumento de 20% em 2020, ano de pandemia e home office. O básico da gestão é fazer boas escolhas, dentro dos princípios de eficiência e moralidade”, ressaltou o parlamentar.

“A sensação é de desperdício, de desrespeito com o interesse público.”

Eduardo Bolsonaro justifica

Filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) saiu em defesa do pai nesta quarta-feira (27). Eduardo iniciou o pronunciamento atacando a mídia, que, no entendimento do deputado, tem o “objetivo de criar narrativas para desgastar o presidente”. O ‘filho 03’ justifica que, dos R$ 15,6 milhões gastos com o produto, vão R$ 14,2 milhões para o Ministério da Defesa, onde, conforme ele cita, estão lotados cerca de 334 mil pessoas.

A partir daí, Eduardo faz a conta: “com este valor poderia-se comprar pouco mais de 6.500 latas de leite condensado/dia, algo bem razoável para uma tropa de 334.000 militares”. O deputado justifica ainda que leite condensado é “indicado a quem faz muitas atividades físicas e serve de base para a elaboração de vários outros alimentos comuns a mesa dos brasileiros como bolos.”

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