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Política & Poder

Sem aliados, governador fica sozinho

Arquivo Geral

26/01/2014 8h21

A novela para a definição de coligações que vão disputar o governo de Santa Catarina deve se estender até a data limite para o início da corrida eleitoral. Partidos e políticos, até bem pouco tempo aliados, decidiram se afastar e mudar de lado, mesmo ainda ocupando o mesmo espaço. É o caso do governador Raimundo Colombo (PSD) e o vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB), que devem ser adversários no pleito deste ano.

Colombo foi eleito pelo DEM, mas logo se transferiu para o PSD de Gilberto Kassab. A troca não alterou o quadro das composições até o final do ano passado, quando o governador iniciou uma aproximação com a presidente Dilma Rousseff (PT), que em novembro passado esteve no estado.

em busca de espaço

A atitude levou o PSDB a declarar candidatura própria, que deverá ser do senador Paulo Bauer, atual presidente regional do partido. “O PSDB vai ter candidato próprio. O partido foi vitorioso em todas as eleições para presidente aqui em Santa Catarina e em todas as eleições em que apoiou o candidato ao governo, então, não tem porquê ter receio em uma disputa para governador, declara o tucano Bauer.

O senador conta que, nos últimos dois anos, Colombo iniciou a mudança de postura e que o tucanato catarinense decidiu não continuar ao lado dele. “O apoio declarado a Dilma facilitou a nossa decisão como partido”, afirma o presidente.

O PMDB do vice-governador Eduardo Pinho é outro que deve deixar o palanque de Colombo. Adversário do PT na eleição passada, o partido deverá estar no mesmo pa lanque dos petistas. Porém, ainda não se sabe com quem encabeçando a chapa para o governo. De um lado o PT catarinense espera emplacar o nome do presidente regional do partido Cláudio Vignatti, que não conseguiu se eleger no pleito passado ao Senado. Do outro o nome do ex-governador e senador Luiz Henrique da Silveira. 

“Uma parte da base do PMDB quer candidato próprio com o PT, mas a outra reivindica a continuação da aliança com o governador Colombo. O que acontece é que o PT não aceita estar junto com o PSD nas eleições deste ano”, explica Pinho Moreira, que ainda afirma existir outra possibilidade: “Ainda há a chance do PT estar junto com o PSD, mas ocupando na composição a vaga para senado, mas é muito improvável”.

Senado em vista

Caso essa última opção se concretize, a vaga para a disputa ao Senado deverá ficar com a ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti.

Nossa reportagem não conseguiu contato com o diretório do PSD que está em férias coletivas, nem com a assessoria política do governador Raimundo Colombo.

Vice tem chances de subir de posição

O nome do presidente regional do PSDB, Paulo Bauer, é o mais cotado para a disputa ao governo de Santa Catarina, porém ele ainda não assume oficialmente a candidatura. “A citação do meu nome é parte das especulações para as eleições. Se meu nome agradar a todos os envolvidos eu serei o candidato”, afirma o tucano sem se posicionar.

Ele destaca que o partido ainda tem outros bons nomes “atraentes à população”, mas acredita que sua eleição foi uma sinalização sobre a chance dele disputar o governo. “Os militantes do estado, quando me elegeram, deixaram claro que me queriam para governador, como aconteceu com o Aécio Neves, quando eleito para presidente nacional do PSDB. Eu não me sinto candidato, mas até agora não há restrição ao meu nome”, declara Bauer.

Falta consenso

Tanto os partidos da base quanto a oposição revelam problemas para definir as composições para as eleições deste ano. “Em Santa Catarina, nos últimos 30 anos, a definição de alianças ocorreram apenas no último mês pré-eleição. A única coisa que está definida para o PSDB é que não estaremos com o PT e nem com o governador, pois ele concorrerá a reeleição”, garante Paulo Bauer, que não se arrisca a definir uma data para as convenções do partido no estado.

Certo que a menor possibilidade é a manutenção da aliança com o PSD, Eduardo Pinho Moreira acredita que a definição da coligação para o governo e do palanque para Dilma Rousseff e Michel Temer deve ocorrer em abril.

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