Menu
Política & Poder

Renan diz que MDB virou ‘bando’ ao rifar Simone Tebet

As mensagens de Renan, que era adversário de Simone até há pouco tempo, foram postadas no grupo de senadores da sigla

Redação Jornal de Brasília

30/01/2021 8h05

Presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), concede entrevista. Foto:Jane de Araújo/Agência Senado

“Viramos um bando. Deixamos de ser partido.” Foi assim que o senador Renan Calheiros (AL) definiu a mudança protagonizada pelo MDB, um dia depois da decisão da bancada de abandonar a candidatura de Simone Tebet (MS) à presidência do Senado para apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em troca de cargos. As mensagens de Renan, que era adversário de Simone até há pouco tempo, foram postadas pelo aplicativo WhatsApp no grupo de senadores da sigla.

Na sua avaliação, o MDB “cristianizou” Simone e virou “pedinte”, com a bancada “mendigando” uma conversa com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para receber “carguinhos como favor”. “É o fim melancólico para quem liderou a Casa e agora foi rebaixado para a Série D”, escreveu Renan, que foi presidente do Senado em uma época na qual o partido também estava à frente da Câmara.

Abandono

Abandonada pelo seu próprio partido na disputa pela presidência do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) criticou nesta sexta-feira (29) alguns dos seus companheiros de bancada, afirmando que parte do MDB cedeu à “tentação do fisiologismo, do toma lá dá cá”.

A senadora também fez duas críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmando que busca desestabilizar as instituições e que tem um projeto de perpetuação no poder. Tebet também afirmou que a política armamentista do presidente Jair Bolsonaro é para dar “suporte a uma estrutura de confronto”.

Tebet participou na manhã desta sexta-feira de evento virtual com lideranças femininas. Participaram personalidades políticas, do judiciário e militantes partidárias.

“Eu, como qualquer mulher brasileira, não me curvo fácil. Não foi fácil receber essa missão [a candidatura pela bancada do MDB]”, afirmou a senadora.

“Mas mais difícil do que receber essa missão foi saber que, no meio do caminho, uma parte do meu partido cedeu à tentação do fisiologismo, do toma lá, dá cá dos cargos e optaram por espaços na Mesa [Diretora do Senado] ao invés de espaço de luta, da luta história do MDB”, completou.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado