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Política & Poder

Projeto de pacificação do País foi abalado por inquéritos no STF, diz Barroso

As investigações citadas por Barroso são relatadas pelo ministro Alexandre de Moraes

Redação Jornal de Brasília

22/08/2024 11h40

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Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

Os inquéritos que apuram a tentativa de golpe pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados abalaram o objetivo do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de trabalhar na pacificação do país. Ao assumir a presidência do Supremo, em outubro do ano passado, Barroso tinha a ideia de “fazer com que as pessoas pudessem voltar a sentar na mesa e defender argumentos”. Passado quase um ano, ele avalia que a tentativa de pacificação foi afetada pela “tensão gerada por essas investigações”. As declarações foram feitas na noite de quarta-feira, 21, na abertura do Fórum Brasileiro de Contratação e Gestão Pública, em Brasília.

As investigações citadas por Barroso são relatadas pelo ministro Alexandre de Moraes. O presidente do Supremo tem defendido o colega em diversas manifestações públicas. Na semana passada, afirmou que as críticas a Moraes após reportagem sobre troca de informações entre STF e TSE era uma “tempestade fictícia”. No programa Roda Viva, em junho, disse que “não é o inquérito das fake news que é excessivamente prolongado, são os fatos que estão demorando a passar”.

“Passei a investir em um legado que possa melhorar o Judiciário no geral”, afirmou Barroso, citando projetos da sua gestão no Supremo e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um deles é o Exame Nacional da Magistratura, que tem o objetivo de “subir a régua” para a contratação de juízes e evitar ingerências nos tribunais. Ele também citou a redução nas execuções fiscais, que são um dos principais fatores de congestionamento do Judiciário, a busca de paridade de gênero e racial e a melhora da comunicação do Judiciário com a sociedade.

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