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Política & Poder

Presença do Comando Vermelho no Ministério da Justiça vira assunto mais comentado do País no Twitter

Até as 13h os termos “Comando Vermelho”, “Ministério da Justiça” e “Flávio Dino” apareciam em quase 160 mil publicações

Redação Jornal de Brasília

13/11/2023 14h07

Brasília (DF), 10/04/2023 – Fachada do ministério da Justiça.

A ida de um membro da organização criminosa Comando Vermelho (CV) ao Ministério da Justiça, para reuniões com assessores da pasta comandada por Flávio Dino, se tornou o assunto mais comentado no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira, 13. O caso foi revelado pelo Estadão.

Até as 13h os termos “Comando Vermelho”, “Ministério da Justiça” e “Flávio Dino” apareciam em quase 160 mil publicações. O primeiro lugar é uma hashtag (símbolo #, usado para reunir postagens que tratam de um mesmo assunto) “ForaDino”, com 20,5 mil menções. Ela aparece em primeiro lugar por causa da velocidade no aumento das menções.

Luciane Barbosa Farias, conhecida como “dama do tráfico” amazonense, esteve duas vezes no Ministério. Em uma, foi como presidente da associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), uma organização não governamental que luta pelos direitos de pessoas presas. Segundo investigações sigilosas às quais o Estadão teve acesso, as atividades da organização seriam financiadas com dinheiro de tráfico.

Nessa ocasião, ela se reuniu com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Em março, Luciane esteve com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério. O nome dela não consta nas agendas oficiais.

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Questionado, o Ministério da Justiça enviou a seguinte nota ao Estadão:

No dia 16 de março, a Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) atendeu solicitação de agenda da ANACRIM (Associação Nacional da Advocacia Criminal), com a presença de várias advogadas.

A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes.

Por não se tratar de assunto da pasta, a ANACRIM, que solicitou a agenda, foi orientada a pedir reunião na Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

A agenda na Senappen e da ANACRIM aconteceu no dia 2 de maio, quando foram apresentadas reivindicações da ANACRIM. Não houve qualquer outro andamento do tema.

Sobre atuação do Setor de Inteligência, era impossível a detecção prévia da situação de uma acompanhante, uma vez que a solicitante da audiência era uma entidades de advogados, e não a cidadã mencionada no pedido de nota.

Todas as pessoas que entram no MJSP passam por cadastro na recepção e detector de metais.

Estadão Conteúdo

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