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Política & Poder

Polícia vai pedir análise de saúde mental de filho que matou o ex-deputado Paulo Frateschi

Polícia pede exame de sanidade mental para filho que matou ex-deputado Paulo Frateschi em SP

Redação Jornal de Brasília

07/11/2025 17h43

paulo frateschi

Foto: Reprodução

A Polícia Civil vai pedir à Justiça uma avaliação do estado psicológico de Francisco Frateschi, que matou o pai, o ex-deputado estadual pelo PT Paulo Frateschi, na manhã desta quinta-feira (6).


O pedido de análise, chamado de Auto de Incidente de Insanidade Mental, ocorre quando há dúvidas sobre a saúde mental de uma pessoa que responde a processo criminal. O Tribunal de Justiça disse na tarde desta sexta-feira que ainda não havia recebido a solicitação.


Ainda nesta sexta Francisco Frateschi, 34, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva (sem prazo).


Francisco teria tido um surto e agrediu o pai, de 75 anos, a mãe e a irmã. A aposentada Yolanda Maux Vianna, 64, teve uma fratura no úmero. Ela foi transferida para o Hospital das Clínicas e deve passar por uma cirurgia, conforme a filha dela, a cozinheira Luisa Maux Vianna Frateschi, 42, que também teve ferimentos.


Francisco faria uso de medicamentos, mas havia deixado de tomá-los por dois dias, relataram os parentes para os PMs que fizeram o primeiro atendimento. O boletim de ocorrência menciona que o autor do crime era usuário de drogas.


De acordo com o relato de Luisa para policiais civis, ela percebeu o irmão agitado pela manhã, por volta das 7h. Ela tentou acalmá-lo, mas Francisco ficou ainda mais agressivo e empurrou a mãe, que caiu. Na sequência partiu com uma faca para cima de Paulo, quando ambos caíram no chão.


Luisa relatou ter tentado segurar Francisco, mas levou uma mordida no braço esquerdo e um tapa no rosto. Ao tentar segurar o irmão com ainda mais força acabou se machucando, sabendo, no hospital, ter sofrido uma fratura no dedo mínimo.


A cozinheira contou ter visto o pai ferido e ligou para o telefone 192, do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). Francisco correu para fora da residência, mas voltou em seguida e se jogou no chão. Ele ficou deitado ao lado do pai. Paulo foi levado para o Hospital das Clínicas, onde morreu.


Ainda conforme o relato da irmã, Francisco tinha diagnóstico de bipolaridade e tomava remédios que controlavam seu humor. Há pouco tempo soube que o irmão era usuário de drogas. Ela afirmou em depoimento acreditar que Francisco teve um surto, por se tratar de uma pessoa doce e carinhosa e que nunca havia agredido ninguém.


O psicanalista que atende Francisco foi ouvido na delegacia. Ele contou que atendia o paciente há cerca de um ano e que ele apresentava quadro de bipolaridade e hipomania, utilizava remédio controlado e consumia drogas ilícitas. O profissional também disse acreditar que Francisco teve um surto psicótico.


Francisco passou a quinta internado na UPA da Lapa sob escolta de policiais militares, sedado e incomunicável.


O delegado responsável pelo caso classificou a ocorrência como parricídio —homicídio de pai ou mãe— e lesão corporal qualificada.


Advogados da família estiveram na delegacia e saíram sem falar com a imprensa.

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