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Política & Poder

PL Antifacção: Motta diz que governo Lula foi ‘infeliz’ ao ficar contra texto de Derrite

Na sequência, Motta disse que “narrativas” do governo “foram caindo por terra” no decorrer da tramitação da proposta

Redação Jornal de Brasília

19/11/2025 11h15

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o governo “errou” ao se posicionar de forma contrária à aprovação do projeto de lei antifacção. A declaração ocorreu em entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira, 19, na manhã seguinte à votação que teve 370 favoráveis e 110 contrários ao parecer do deputado Guilherme Derrite (PP-SP).

“Eu penso que o governo ontem foi infeliz quando ficou contra a proposta, porque o deputado Derrite teve a sensibilidade, e eu pude mediar isso enquanto presidente da Câmara, na construção de uma proposta que fosse viável do ponto de vista técnico e legislativo e não colocasse, por exemplo, em risco a nossa soberania”, disse.

Na sequência, Motta disse que “narrativas” do governo “foram caindo por terra” no decorrer da tramitação da proposta. “Na hora em que o governo decide, politicamente, ficar contra, eu penso que o governo errou, porque essa é uma pauta da sociedade brasileira”, afirmou.

O presidente da Câmara disse também que a aprovação do projeto não se tratou de derrotar ou votar a favor do governo e alegou ter buscado o diálogo com autoridades do Palácio do Planalto. Para o parlamentar, no entanto, a sociedade concorda com a votação, e o governo está indo contra o que a sociedade espera.

“O governo ter ficado contra, na minha avaliação, foi meramente por narrativa, foi meramente pensando na questão eleitoral. E eu acho que a sociedade, ao final, está ao lado daquilo que a Câmara fez”, afirmou.

Em certo momento da entrevista, Motta subiu o tom: “Aqueles que não tiveram coragem de votar a favor da proposta têm que se justificar hoje pela manhã por que ficaram contra aquilo que o povo brasileiro quer”. O deputado acrescentou: “O que a Câmara fez ontem foi realizar a vontade do povo brasileiro, e quem votou contra tem que hoje dar a sua cara a tapa para dizer por que ficou contra a matéria, e não ficar criando narrativas inverídicas”.

Motta quer aprovar PEC da Segurança no plenário antes do recesso

O presidente da Câmara dos Deputados afirmou também que pretende aprovar a PEC da Segurança Pública no plenário antes do recesso parlamentar de fim de ano. A PEC é uma proposta do governo para institucionalizar a integração entre as forças de segurança federais, estaduais e municipais. O presidente da Câmara disse que o relator do texto, Mendonça Filho (União-PE), garantiu que entregará a proposta aprovada em comissão especial até 4 de dezembro.

“Imediatamente a essa aprovação na comissão, nós levaremos a matéria ao plenário e queremos, antes do final do ano, antes do recesso parlamentar de final de ano, aprovar a PEC da Segurança Pública no plenário da Câmara dos Deputados”, disse.

Estadão Conteúdo

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