Menu
Política & Poder

PF faz operação contra irregularidades em emendas e mira assessora ligada a Lira

De acordo com a PF, estão sendo investigados suspeitas dos crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção

Redação Jornal de Brasília

12/12/2025 10h50

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Arthur Lira. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

JOSÉ MARQUES E CONSTANÇA REZENDE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (12) relacionados a Mariângela Fialek, a Tuca, assessora ligada ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL).


A operação, chamada de Transparência, foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), para apurar suspeitas de irregularidades na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares.


De acordo com a PF, estão sendo investigados suspeitas dos crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção. A reportagem não localizou a defesa de Tuca.


Uma das buscas e apreensões ocorreram na própria Câmara, na sala onde a assessora trabalhava.


No fim de 2024, a PF abriu por ordem de Dino um inquérito para apurar o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares pela Câmara. Na ocasião, o ministro decidiu pela suspensão dos repasses.


O magistrado havia atendido a uma representação do PSOL que apresentou novos fatos a respeito do pagamento das chamadas emendas de comissão -alvo de críticas e de decisões anteriores do próprio ministro pela falta de transparência.


A representação da legenda cita um ofício encaminhado ao governo federal e assinado por 17 líderes partidários da Câmara detalhando a indicação de 5.449 emendas de comissão.


Esse conjunto de emendas se daria, segundo o PSOL, “sem aprovação prévia e registro formal pelas comissões, sob o pretexto de ‘ratificar’ as indicações previamente apresentadas pelos integrantes das comissões”.


Na prática, a lista dos 17 líderes de partidos da Câmara mudava a destinação de emendas de comissão, sem aprovação dos colegiados. O ofício com a nova destinação foi encaminhado ao governo Lula (PT), e a Casa Civil deu aval à manobra.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado