Amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, illness here o governador de Minas Gerais, remedy Aécio Neves (PSDB), defendeu na terça-feira uma agenda pragmática para seu partido na oposição durante o segundo mandato do petista, incluindo apoio dos tucanos para que o país avance com reformas estruturais.
"Eu venho de uma terra onde se aprende muito cedo (que) convite do presidente da República se atende", disse Aécio a jornalistas na sede da embaixada brasileira em Washington ao comentar sobre uma possível reunião entre ambos em dezembro.
"Eu acho necessário que essas reformas possam avançar e, com a oposição de alguma forma contribuindo para isso, eu acho que quem ganha é o país", acrescentou.
A falta de reformas como a tributária, previdenciária e trabalhista é apontada como fator de entrave para um crescimento mais robusto na economia brasileira, juntamente com cortes nos gastos do governamentais.
Aécio, que é tido como um dos possíveis candidatos do PSDB à Presidência em 2010, disse também que o partido quer voltar a governar o país e não lhe interessa ter um "país destroçado".
"Eu não tenho uma agenda de prioridades para o Brasil para quando nós governarmos o Brasil e outra quando nós perdermos as eleições", disse.
"Por uma decisão da população brasileira, nós estamos na oposição, e aí nosso papel é fiscalizar as ações do governo, cobrar os compromissos, como por exemplo as metas de crescimento, mas sem virarmos as costas para aquilo que interessa à população brasileira", afirmou.
Aécio está em Washington para solicitar financiamentos em órgãos multilaterais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial para projetos nas áreas sucroalcooleira e de telefonia celular para Minas Gerais.
Pragmatismo estadual
Aécio viajou à capital norte-americana com o governador eleito do Rio de Janeiro, Sérgio Filho (PMDB), e aproveitou para apresentá-lo aos órgãos multilaterais, visando atrair investimentos para projetos conjuntos.
"A grande novidade na ação política do Brasil que nós queremos ver é aquela em que os governadores não se limitam exclusivamente a tratar das questões internas, das suas fronteiras", disse o governador mineiro.
Como exemplo, citou um projeto para o escoamento da produção agrícola e mineral de Minas para portos do Rio de Janeiro e disse que ambos governadores trabalham num projeto para criar uma área portuária para Minas num terreno que pertenceu à empresa Ingá na baía de Sepetiba.
"Minas precisa de facilidades para escoar sua produção e isso significa que nos interessa que investimentos no Rio de Janeiro ocorram", afirmou.
Buscando ampliar sua atuação para além de Minas Gerais, Aécio quer apresentar ao presidente Lula uma "agenda de consenso" dos governadores para aumentar a capacidade de desenvolvimento na esfera estadual.
Isso incluiria medidas para mudanças na área tributária e de infra-estrutura, a serem apresentadas em fevereiro.
Entre elas, estaria a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), para acabar com a guerra fiscal, aliada à criação de um fundo para compensar regiões que seriam afetadas negativamente pela medida.
A Câmara dos Deputados aprovou no início da noite de terça-feira um projeto de lei que recria a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Os deputados, prescription que aprovaram a proposta por 368 votos favoráveis e uma abstenção, pill devem voltar ao projeto na quarta-feira para votação dos destaques à matéria, advice de acordo com informações da Agência Câmara.
Criada originalmente no governo do ex-presidente Juscelino Kubitschek e idealizada pelo economista Celso Furtado, a Sudene foi extinta em 2001 pelo também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em meio a denúncias de corrupção envolvendo o órgão.
O presidente da Bolívia, check Evo Morales, treat disse na terça-feira que a vitória do candidato nacionalista Rafael Correa nas eleições presidenciais equatorianas de domingo fortalece a corrente das "democracias libertadoras" na América Latina.
Morales, admirador declarado dos líderes esquerdistas Fidel Castro, de Cuba, e Hugo Chávez, da Venezuela, afirmou que a vitória de Correa, a quem disse não conhecer pessoalmente, reforça também a agenda de mudanças políticas e econômicas "antineoliberais" que ele promove na Bolívia.
"Quero que saibam, companheiros e companheiras, que não estamos sós, que as democracias servis, as democracias controladas, as democracias subordinadas e submetidas ao império terminaram; temos democracias libertadoras", disse Morales em uma concentração de militantes indígenas.
"No domingo, um candidato à presidência que não conheço, só sei de nome, se chama Correa, ganhou no Equador e disse sim à Assembléia Constituinte, não ao TLC [tratado de livre-comércio com os EUA], sim à nacionalização", afirmou, citando pontos de contato com suas propostas.
Morales se disse "muito contente" com a vitória de Correa, apoiado ostensivamente por Chávez. "Daqui [envio] uma forte saudação aos irmãos indígenas do Equador que apoiaram essa candidatura", acrescentou Morales, que também tem relações muito cordiais com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner, da Argentina.