Novo atraso posterga julgamento de multa de R$ 1 mi a Joesley e Wesley Batista
A multa foi determinada pela CVM em julho de 2020, mas os irmãos Batista contestaram no conselho no início de 2021

Joana Cunha
Uma nova postergação vai manter parado por mais algum tempo o caso da multa de R$ 1,1 milhão aplicada pela CVM a Joesley e Wesley Batista em 2020 porque a família fez uso pessoal de um avião da JBS.
Os irmãos estão recorrendo no CRSFN (Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional). Mas o órgão tem, sucessivas vezes, deixado de incluir o caso na pauta de suas sessões de julgamento. Na última oportunidade, em novembro, o conselho disse que estava previsto para a sessão seguinte, em 8 e 9 de fevereiro, porém, não entrou.
Também houve um pedido de vistas da conselheira-presidente Adriana Teixeira de Toledo no ano passado.
Se demorar mais de cinco anos (contados da decisão de primeira instância), o processo todo prescreve. O voo, que foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo em 2017, serviu para levar os parentes de Joesley aos EUA após a delação premiada do empresário.
A multa foi determinada pela CVM em julho de 2020, mas os irmãos Batista contestaram no conselho no início de 2021. Foi uma penalidade de R$ 400 mil a Joesley pelo uso do jato da JBS para interesses particulares. E outras duas infrações da CVM, que somam R$ 700 mil, foram destinadas a Wesley por autorizar o uso do avião pelo irmão, além de não ter adotado procedimentos exigidos na decisão.
O uso da propriedade de uma empresa de capital aberto, como é o caso da JBS, para fins particulares do controlador desatrelados dos interesses dos outros acionistas é considerado má prática de governança corporativa e prejudica indiretamente outros sócios da companhia.
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