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Política & Poder

No Dia da Consciência Negra, cidades têm protestos contra Bolsonaro

As marchas foram organizadas por movimentos sociais e sindicais e contam com apoio de partidos de oposição ao presidente

FolhaPress

20/11/2021 16h16

Foto: Arquivo pessoal

Além das celebrações previstas para comemorar o Dia da Consciência Negra, diversas cidades brasileiras realizam hoje atos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o racismo. Foram registrados atos nas cidades de São Paulo, Campinas (SP), Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Campo Grande, Florianópolis, Londrina (PR), Belém, Altamira (PA), entre outras.

As marchas foram organizadas por movimentos sociais e sindicais e contam com apoio de partidos de oposição ao presidente. Entre as principais pautas estão críticas ao desmonte de políticas públicas ligadas à população negra pelo governo Bolsonaro e o aumento no preço dos alimentos e do gás.

Nas capitais baiana, paulista e fluminense, as manifestações ocorreram perto do monumento dedicado a Zumbi dos Palmares. Em Salvador houve a tradicional lavagem da estátua de Zumbi, que em São Paulo aconteceu pela primeira vez. Manifestantes também se concentram no vão do Masp, na avenida Paulista, de onde sairá uma marcha. Em Fortaleza, os participantes dos atos se reuniram no centro da cidade. A concentração começou às 8h no Passeio Público, com caminhada até a Praça dos Leões.

No ato realizado pela manhã no Rio, o presidente do Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine), Luiz Eduardo de Oliveira, conhecido como Negrogun, lembrou que, em 2021, completam-se 50 anos desde a primeira comemoração da Consciência Negra no país.

“Estamos celebrando a vida e a liberdade. A vida porque essa pandemia ceifou tantas vidas nossas, que, nós, que ainda estamos vivos, temos que celebrar a memória deles que já foram. E a liberdade temos que celebrar sempre, ainda mais num momento em que vemos tantas injustiças, tantos jovens sendo presos, por reconhecimentos absurdos por fotos”, disse Negrogun.

“O racismo não é uma questão individual, personalista. O racismo não é um traço do indivíduo. Ele é uma condicionante que forma a estrutura da nossa nação. Nossa nação foi forjada a partir de princípios que são completamente racistas. A própria ideia de escravidão, como ela se deu, já é o maior sinal disso”, explica o coordenador de Promoção da Igualdade Racial do município do Rio de Janeiro, Jorge Freire.

O município do Rio de Janeiro preparou este ano uma série de eventos para celebrar a Consciência Negra ao longo de todo o mês, em um calendário de ações chamado Novembro Negro. Na cidade de São Paulo também estão previstas mais de 100 atividades para celebrar a data.

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