O pastor Silas Malafaia, alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), disse que não tem medo de uma possível prisão ou retaliação. Além disso, Malafaia acusou Moraes de comandar um “Gestapo” da PF, em referência ao regime nazista. As declarações foram feitas durante culto em uma igreja no Rio de Janeiro na noite da última quinta-feira (21).
De acordo com informações, Malafaia foi recebido na igreja com gritos e aplausos: “Uh, é Malafaia”. Além disso, cartazes com mensagens de apoio ao pastor foram erguidas pelos fieis: “Exemplo de coragem” e “Profeta que não se cala”. Já no telão do templo uma bandeira do Brasil que tremulava e a frase: “Estamos juntos, pastor”
Durante o evento religioso, Malafaia afirmou ter apoiado diversos candidatos ao longo dos anos, entre eles: presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-ministro José Serra (PSDB-SP). De acordo com o pastor, a PF apreendeu os cadernos em que anotava seus discursos. Malafaia chegou a pedir para ficar com um dos volumes mas, após fazer uma ligação, o agente da PF recolheu todos.
“Ele estava debaixo de ordem do chefe da Gestapo de Alexandre de Moraes, em Brasília, o delegado lá, chefe da Gestapo, porque isso não é Polícia Federal”, afirmou.
Malafaia disse ainda que ‘sempre agia de forma independente’ e que ‘não usava a igreja para fins políticos’. Além disso, falava como cidadão e não como pastor. Nos dizeres, direcionou falas a Moraes: “Ele escolheu o cara errado, porque eu não tenho medo de ser preso e de ser retaliado …Esse homem vai ser julgado pelas leis deste País ou pelas leis de Deus. Vai chegar a hora dele. Não desejo mal a ninguém, mas vai chegar”, completou.
Mensagens de Bolsonaro
Malafaia também comentou sobre a troca de mensagens com Bolsonaro (PL). O pastor afirmou que mostram a sua independência, mas que se trata de um “vazamento”: “Mostra que não sou bolsominion, não sou puxa-saco. Critico quando tem que criticar e elogio quando tem que elogiar, meu papel é profético. Tenho intimidade e falo até bobagem”.