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Política & Poder

Mourão pede ação de chefes das Forças Armadas contra ‘condução arbitrária’ de processos

O senador é general da reserva e colega de chapa de Jair Bolsonaro (hoje no PL) na eleição presidencial de 2018

Redação Jornal de Brasília

08/02/2024 18h56

Foto: Banco de Imagens

THAÍSA OLIVEIRA

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Em discurso na tribuna do Senado, o senador e ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS) conclamou nesta quinta-feira (8) os comandantes das Forças Armadas a não se omitirem contra o que chamou de “condução arbitrária de processos ilegais” que atingem os integrantes da instituição.

“No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes ao largo da Justiça Militar. Existem oficiais da ativa sendo atingidos por supostos delitos, inclusive oficiais generais. Não há o que justifique a omissão da Justiça Militar”, declarou Mourão.

O senador é general da reserva e colega de chapa de Jair Bolsonaro (hoje no PL) na eleição presidencial de 2018.

Horas após o discurso, Mourão afirmou à imprensa que defende que a investigação contra militares “que eventualmente podem ter cometido crimes” tramite na Justiça Militar. O caso está hoje na Justiça comum, sob responsabilidade do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Existe a Justiça Militar. Nós temos militares que eventualmente podem ter cometido crimes em função militar. Esse é um objeto que o Exército deveria ter aberto há muito tempo, o Inquérito Policial Militar”, disse a jornalistas.

Ele afirmou ainda: “[Deveria] estar conduzindo essa investigação e, caso ao longo da investigação se comprovasse que aquelas pessoas tivessem cometido algum tipo de crime que não fosse afeto à justiça militar, então passassem às mãos de quem estaria conduzindo o restante dos inquéritos”.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta a Operação Tempus Veritatis para apurar organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito.

Ela teria tentado obter vantagem de natureza política com a manutenção de Bolsonaro no poder, mesmo depois da derrota para o presidente Lula (PT) nas eleições.

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