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Política & Poder

Moraes vai a jogo do Corinthians, sorri, acena e faz gesto obsceno em dia de sanção dos EUA

Moraes chegou ao estádio localizado na zona leste de São Paulo acompanhado da esposa e, após ser interpelado por um interlocutor, respondeu “vai Corinthians”

Redação Jornal de Brasília

31/07/2025 8h25

moraes vai a jogo do corinthians sorri acena e faz gesto obsceno em dia de sanção dos eua

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Horas após ser alvo da Lei Magnitsky, uma das principais sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi à Neo Química Arena assistir ao clássico entre Corinthians, seu time do coração, e Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira, 30. Acompanhado da esposa, o ministro sorriu, acenou para o público e fez um gesto obsceno com o dedo médio.

Moraes chegou ao estádio localizado na zona leste de São Paulo acompanhado da esposa e, após ser interpelado por um interlocutor, respondeu “vai Corinthians”. A reportagem do Estadão/Broadcast não presenciou nenhum episódio de alvoroço envolvendo o magistrado, que se acomodou em um dos camarotes do local. Em março deste ano, Moraes já havia acompanhado a final do Campeonato Paulista na Neo Química Arena. Na ocasião, o Corinthians venceu o Palmeiras e foi campeão.

A presença de Moraes no estádio também chamou atenção do narrador Galvão Bueno, que transmitia o jogo no Amazon Prime. “Aí você vai vendo a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Mores, que está envolvido em toda essa conversa, essa disputa com o governo do Estados Unidos. Mas isso é política. Ele está ali como torcedor. Tem todo o direito de estar ali como torcedor”, disse Galvão.

Mais cedo, na quinta, o ministro do STF foi alvo de uma sanção por parte do governo de Donald Trump. O dispositivo legal acionado pela Secretaria do Tesouro dos EUA impõe restrições financeiras a estrangeiros acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos. Procurado, o Supremo não se manifestou.

A decisão do governo americano bloqueia contas bancárias e trava o acesso de Moraes ao sistema financeiro dos EUA, o que impede que ele acesse eventuais ativos que tenha em território norte-americano. A lei ainda prevê proibição de entrada no país. O seu visto e de outros sete membros do STF e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, já haviam sido suspensos por ordem de Trump na semana passada.

Como o Estadão/Broadcast mostrou, foi a primeira vez que uma autoridade de país democrático foi punida pela Lei Magnistsky. Até o momento, a norma só havia sido aplicada para violadores graves dos direitos humanos, como autoridades de regimes ditatoriais, integrantes de grupos terroristas e criminosos ligados a esquemas de lavagem de dinheiro e de assassinatos em série.

Estadão Conteúdo

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