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Política & Poder

Marçal diz que direita é refém de Bolsonaro e defende outsider em 2026

Marçal diz que o presidente Lula (PT) foi “a maior decepção de todos os tempos”, mas também o reconhece como “o político mais influente da história”

Redação Jornal de Brasília

22/11/2025 9h29

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Foto: Nelson ALMEIDA / AFP

ANA LUIZA ALBUQUERQUE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Quando perdeu as eleições de São Paulo, em outubro do ano passado, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) rapidamente virou a página. Voltou a tocar os negócios, a viralizar na internet com conteúdos inusitados e a vender cursos para pessoas que sonham em enriquecer.

Suas ações na corrida eleitoral de 2024, porém, não serão facilmente esquecidas. O empresário acusou —de maneira falsa e reiterada— o adversário, o atual ministro Guilherme Boulos (PSOL), de cheirar cocaína, inclusive com a publicação de um laudo falsificado.

Em entrevista à reportagem no prédio de sua empresa em Alphaville, em Barueri (Grande SP), o influenciador fala sobre aquele período, ao qual se refere como “guerra” e “loucura”. Responsabiliza seu advogado, Tassio Renam Botelho, pela publicação do laudo (ambos foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral) e diz que também foi difamado pelos outros candidatos.

Tassio foi procurado pela reportagem, mas não respondeu. A defesa deles chegou a argumentar na Justiça Eleitoral que estava amparada no “direito à livre manifestação do pensamento” e que o conteúdo veiculado não foi fabricado, apenas divulgado.

No início do mês, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo reverteu uma das condenações de Marçal na primeira instância, que tratava da gravação remunerada de vídeos para candidatos, assim como a pena de inelegibilidade. O tribunal ainda julgará outras duas decisões, e ele só será considerado inelegível se uma das sentenças for confirmada.

O influenciador desconversa sobre uma possível candidatura à Presidência em 2026. Diz que está desconectado do assunto, mas não descarta concorrer. Afirma que nenhum dos presidenciáveis lhe agrada e que torce para a ascensão de um outsider. Para ele, falta protagonismo entre as lideranças de direita, que ficaram reféns do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Marçal diz que o presidente Lula (PT) foi “a maior decepção de todos os tempos”, mas também o reconhece como “o político mais influente da história”. Apesar da postura agressiva que adotou na última eleição, incluindo ataques pessoais aos adversários, afirma que o Brasil precisa de pacificação: “Tinha que parar com esse auê, é muita confusão”.

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