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Política & Poder

Lula recebe Mucio e chefes militares para almoço em meio a julgamento da trama golpista

Encontro informal ocorre antes do 7 de Setembro e durante julgamento de ex-chefes militares pelo STF, sem pautas oficiais, com objetivo de aproximar o presidente da cúpula militar

Redação Jornal de Brasília

05/09/2025 13h05

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

CÉZAR FEITOZA
FOLHAPRESS

O presidente Lula (PT) recebe para um almoço no Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira (5), o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, os comandantes das Forças Armadas e os ex-chefes militares das gestões anteriores do petista.

O encontro foi sugerido por Mucio a Lula há cerca de 40 dias num esforço para aproximar o presidente da cúpula das Forças Armadas.

Partiu de Lula, porém, a proposta de estender o convite aos ex-comandantes das Forças em seus dois primeiros governos (2003 a 2010). São eles os generais Francisco Roberto Albuquerque e Enzo Martins Peri; o brigadeiro Juniti Saito; e os almirantes Roberto de Guimarães Carvalho e Júlio Soares de Moura Neto.

O almoço tem sido tratado como um encontro de amigos, sem pautas ou despachos com o presidente. Até mesmo a roupa usada pelos militares será menos formal do que a farda destinada às reuniões de alto nível.

A data foi definida por Lula. Ela coincide com o momento em que ex-chefes das Forças Armadas são julgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por participação em uma tentativa de golpe de Estado.
O almoço também foi marcado às vésperas do desfile cívico-militar de 7 de Setembro, celebração do Dia da Independência, cujo mote neste ano será “Brasil Soberano” -uma resposta às interferências do governo dos Estados Unidos na economia e no Judiciário brasileiro.

A última reunião de Lula com os chefes militares ocorreu no início de maio. Os comandantes entregaram ao presidente um documento mostrando a situação financeira das Forças. A solicitação foi por uma recomposição de cerca de R$ 3 bilhões do orçamento.

O cenário não melhorou desde então. Como a Folha de S.Paulo mostrou, a Força Aérea decidiu cortar o expediente dos servidores e afastou quase 140 pilotos por falta de aeronaves em condições de uso.
O chefe da Aeronáutica passou a viajar em voos comerciais, sem aviões da Força Aérea disponíveis para suas idas e vindas a serviço.

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