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Política & Poder

Lula fala em risco à democracia após avanço da extrema-direita no Parlamento Europeu

Em um discurso a jornalistas em Genebra, na Suíça, onde participará de um evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Redação Jornal de Brasília

13/06/2024 10h08

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quinta-feira que a democracia, tal como a conhecemos, está ameaçada após o crescimento da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu realizadas no último fim de semana.

Em um discurso a jornalistas em Genebra, na Suíça, onde participará de um evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Lula destacou que aqueles que acreditam na democracia devem lutar para preservá-la em todas as partes do mundo.

“Tenho dito a todos que enfrentamos um problema de risco à democracia, como a conhecemos. O negacionista rejeita as instituições, desconsidera o Parlamento, a Suprema Corte, o Judiciário e o próprio Congresso. São pessoas que vivem na base da construção de mentiras”, afirmou Lula ao ser indagado sobre o resultado das eleições para o Parlamento da União Europeia.

“Eu acho que é um perigo, mas também um alerta. As pessoas que respeitam a democracia precisam lutar para que ela prevaleça na Europa, na América do Sul, na América Latina, na Ásia e em todos os lugares”, acrescentou.

A extrema-direita foi a mais votada nas eleições para o Parlamento Europeu na França, o que levou o presidente francês, Emmanuel Macron, a dissolver o Parlamento francês e convocar eleições legislativas antecipadas após a vitória do partido de extrema-direita Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, para o Legislativo da UE.

Na Alemanha, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que está oficialmente sob vigilância da agência de inteligência alemã por suspeita de pretender destruir a democracia do país, foi o segundo mais votado nas eleições para o Parlamento Europeu, enquanto o governista Partido Social-Democrata, do chanceler Olaf Scholz, teve o pior resultado eleitoral de sua história.

Apesar do avanço da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu, o grupo centrista da atual presidente da Comissão Europeia, órgão Executivo da UE, Ursula von der Leyen, ficou com a maior quantidade de assentos — 402 na assembleia de 720 cadeiras — e ela já iniciou negociações para formar uma coalizão e permanecer no cargo.

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