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Política & Poder

Lula diz que ‘não abrirá mão do petróleo para outros explorarem’

“Não queremos prejudicar nada, mas não queremos abrir mão da nossa riqueza”, disse ele, em cerimônia de anúncio de investimentos da Petrobras

Redação Jornal de Brasília

04/07/2025 20h58

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Foto: Ricardo Stuckert / PR

Brasília, 04 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, 4, ser favorável ao fim do uso do combustível fóssil, mas que não abrirá mão do petróleo brasileiro para “outros explorarem”. “Não vou abrir mão do petróleo brasileiro para os outros explorarem. Quero que façamos da forma mais saudável e responsável possível. Não queremos prejudicar nada, mas não queremos abrir mão da nossa riqueza”, disse ele, em cerimônia de anúncio de investimentos da Petrobras

Lula disse estar orgulhoso da Petrobras e que é necessária uma transição energética responsável. “Tem gente que fala: ‘Vamos acabar com o combustível fóssil’. Eu também sou favorável a acabar. Quando fizermos para o combustível fóssil o financiamento para o chamada transição energética que temos de fazer.”

A Petrobras tem pressionado para expandir as áreas de exploração de petróleo no País, chegando à chamada Margem Equatorial, região costeira que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte – considerada uma nova fronteira exploratória pela estatal. De outro lado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, tem retardado a liberação dessa licença sob o argumento de que há risco para o meio ambiente.

Ainda em seu discurso, Lula defendeu mais investimentos em pesquisa para “achar mais gás e mais petróleo”. Também disse que a Petrobras é uma bússola para economia.

A Petrobras anunciou na quinta-feira, 3, um pacote que soma R$ 33,3 bilhões em investimentos em projetos de refino e no segmento petroquímico no Rio de Janeiro, incluindo a ampliação da produção da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e do Complexo de Energias Boaventura (ex-Comperj). Como parte desse valor, a Braskem, da qual a estatal é sócia, investirá R$ 4,3 bilhões na ampliação da sua unidade fluminense de produção de polietileno.

Questionada se a política da Petrobras está alinhada aos planos do presidente, a presidente da estatal, Magda Chambriard, respondeu que recebeu pedido para que a Petrobras gerasse “valor para o povo brasileiro” e impulsionasse o PIB.

Estadão Conteúdo

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