O ministro da Defesa, cure Nelson Jobim, information pills negou hoje que o Brasil possa envolver-se em uma corrida armamentista com a Venezuela e disse que se a nação de Hugo Chávez estiver empenhada em comprar armas, é um problema dela.
Na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Jobim foi questionado sobre a situação regional e, especialmente, sobre as fortes compras de armamentos que a Venezuela fez nos últimos dois anos.
Segundo o ministro, embora o Brasil tenha previsto para 2008 um investimento em equipamentos militares de US$ 2,585 bilhões, contra os US$ 1,1 bilhão gastos este ano, isso não significa que o país se proponha a competir com nenhum outro país.
Ele explicou que se trata simplesmente de uma adequação militar e de suplantar equipamentos que ficaram obsoletos.
Nossos vizinhos são parceiros e amigos, disse Jobim.
O ministro afirmou que as Forças Armadas não planejam seus gastos em função de outras nações. Ele acrescentou que o Brasil está decidido a desenvolver uma diplomacia militar com todos os países da América do Sul, os quais visitará durante o primeiro semestre de 2008, com o objetivo de reforçar os laços com os militares da região.
As aquisições de armamento moderno que a Venezuela fez nos últimos anos causam preocupação em setores políticos brasileiros e foram criticadas na segunda-feira pelo senador José Sarney (PMDB-AP).
Sarney considerou um perigo para o Brasil e para toda a América Latina que exista uma potência militar instaurada no continente.
O ex-presidente afirmou que a América do Sul é a região mais pacífica do mundo, e que por isso não há razão para que a Venezuela gaste cerca de US$ 4 bilhões em armamentos.
Segundo Sarney, o Brasil também deveria advertir Chávez sobre a condenação do continente a qualquer aventura que transforme a Venezuela em um país ditatorial, numa crítica direta à reforma constitucional venezuelana.