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Política & Poder

Gleisi diz que texto de Derrite para PL Antifacção é ‘lambaça legislativa’ que beneficiará facções

João Victor Rodrigues

18/11/2025 19h57

Foto: AFP

MARIANA BRASIL
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou nesta terça-feira (18) o relatório de Guilherme Derrite (PP-SP) do projeto de lei Antifacção. A ministra chamou o vaivém das versões de “lambança legislativa”.


O novo texto a sexta versão manteve a divisão dos recursos provenientes de bens apreendidos do crime entre os fundos estaduais de segurança e a Polícia Federal, ignorando um dos pedidos feitos pelo governo Lula (PT) de ajuste ao texto.


Ainda de acordo com Gleisi, na versão atual, prevalece uma aplicação mais branda da lei contra as facções criminosas.


“Espero que no Senado a gente possa fazer uma discussão mais aprofundada do que a que foi feita na Câmara.”


Gleisi afirmou ainda que a reunião entre ela, o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Derrite foi desmarcada porque o deputado “não queria falar” com o governo.


Segundo a ministra, a discussão em torno do projeto foi feita sem diálogo direto entre Derrite e os membros do governo Lula.


Pela nova versão, quando a investigação estiver a cargo das autoridades locais, os valores serão destinados ao Fundo de Segurança Pública do estado responsável pelo caso. Já quando a apreensão é feita pela Polícia Federal o valor será destinado ao Fundo Nacional de Segurança Pública.


Os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), participaram, nesta terça, da reunião de líderes partidários na para ajustar a votação do projeto.


Na semana passada, um grupo de cinco governadores, incluindo Castro e Caiado, levaram a Motta pedidos relacionados à segurança pública. Eles pleitearam um prazo de até 30 dias para que o PL Antifacção fosse votado, o que daria mais tempo para que suas sugestões fossem acolhidas.


Motta chegou a adiar a votação da semana passada para esta, mas indicou que não alongaria o assunto como desejavam os governadores.

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