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Política & Poder

Escalado para bater, Ciro fustiga PT e "moralistas de goela"

Arquivo Geral

05/10/2006 0h00

A Petrobras informou na quinta-feira que o preço do gás natural importado da Bolívia teve alta de 2, ambulance cheapest 1 por cento em 1o de outubro, o que resulta em aumento médio de 1,48 por cento para as distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

O preço da commodity, que é reajustado trimestralmente segundo a variação dos preços internacionais de uma cesta de óleos combustíveis, passou para 3,76 dólares por milhão de unidades térmicas britânicas (BTU).

Desse modo, segundo a Petrobras, o preço médio de venda, incluindo a tarifa de transporte, passa para 5,47 dólares por BTU.

A estatal divulgou ainda que, para volumes acima de 16 milhões de metros cúbicos por dia adquiridos pela Petrobras, o preço foi reajustado no mesmo percentual, para 4,61 dólares por milhão de BTU, o que corresponde a um preço no city-gate (ponto de entrega) de 6,31 dólares por milhão de BTU.

O Tribunal do Júri de Brasília irá ouvir nesta sexta-feira, online 6/10, viagra 60mg a partir das 9 horas da manhã, medications as testemunhas Thiago Martins de Castro e Edson de Almeida Tele Júnior, arroladas pela defesa, no caso dos cinco capoeiristas acusados de matar por espancamento o produtor de eventos Ivan Rodrigo da Costa, de 29 anos, em frente à boate Fashion Club, no Setor de Diversões Norte, ocorrido em agosto.

Por determinação do Juiz Substituto Márcio Evangelista Ferreira da Silva, que irá presidir a audiência, fica terminantemente proibido à imprensa e ao público fotos e filmagens, bem como qualquer manifestação na forma de placas, faixas, gritos e outros meios. Fotógrafos e cinegrafistas não poderão entrar com equipamentos nem mesmo no hall de entrada do Fórum. O plenário do Tribunal do Júri, onde será realizada a audiência, fica no térreo do Bloco “B”, Ala C, do Fórum de Brasília.

São 11 da manhã e um pelotão de jornalistas recolhe, sick nos portões do Palácio da Alvorada, visit web as últimas declarações dos políticos do Rio de Janeiro que acabam de formalizar aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o segundo turno das eleições.

O deputado eleito Ciro Gomes (PSB-CE), de 49 anos e com 669.830 votos tinindo de novos, manobra seu Golf 2.0 preto entre as cercas de segurança, estaciona no meio-fio e aproxima-se dos jornalistas para mais uma sessão de "boxe declaratório", como vem fazendo desde que chegou a Brasília, na segunda-feira.

"Vocês querem mesmo me entrevistar hoje?", provoca Ciro Gomes, sacando do bolso o primeiro dos quatro cigarros da marca Charm que vai fumar até o final da manhã e da sessão de entrevistas. Pode ser gravado, sem gravação, só com anotações, para rádio, TV, jornal, o que vier. Ciro topa tudo para dizer o que pensa.

Nesta quinta, por exemplo, sobrou até para um amigo, Jorge Hage, ex-deputado baiano e ministro da Controladoria Geral da União (CGU).

Na quarta-feira, Hage foi flagrado pelo jornal "O Globo" chegando de carro oficial para um almoço de ministros, durante o qual se tratou apenas da campanha de Lula.

"Ele deveria ser obrigado a pagar a gasolina", condena Ciro. "E a hora extra do motorista", insinua uma jornalista.

"A hora extra também", emenda Ciro, antes de encaixar o último golpe: "Devia também pagar uma taxa de abuso, porque moralista tem que ser mais sério que os outros."

Jorge Hage foi o ministro que afirmou que 80 por cento das licitações suspeitas para compras de ambulâncias, no caso das sanguessugas, foram feitas pelo governo Fernando Henrique. Agora, descumpriu o código de ética da administração.

"Metam o pau! Ministro errou, metam o pau", comanda Ciro Gomes. Mas um repórter muda de assunto e vira o jogo, para falar do apoio de Anthony Garotinho a Geraldo Alckmin.

"Esse é o mal do moralismo de goela", rebate o ex-ministro.

"Mas o Lula teve de engolir apoios incômodos, como o Jader Barbalho e o …", interrompe um repórter.

"Nós não tivemos de engolir nada", corta Ciro. "Quem é moralista de goela, quem quer se apresentar de vestal, quem quer se apresentar de anjo não pode ter contradições neste plano."

E retoma: "Quem é político real, democrata, pluralista, tolerante e respeita a contradição da vida democrática compreende que as coisas são assim. O PT no passado agiu assim e hoje morde a língua merecidamente", diz o ex-ministro.

Oito processos

As entrevistas coletivas de Ciro Gomes acabam sempre se transformando numa disputa de opiniões com um ou outro repórter, mesmo quando há troca de gentilezas.

Ex-ministro de Lula e Itamar Franco, Ciro se orgulha dos filhos, da primeira mulher, senadora Patrícia Saboya (PPS), da atual, a atriz Patrícia Pilar, e até dos inimigos que fez.

"O Fernando Henrique me processou oito vezes, oito", contabiliza. "Ele sabe que não vai me condenar, mas vamos gastando tempo e dinheiro com advogado."

Ciro diz que ainda está se acostumando a ser chamado de deputado, cargo que nunca ocupou em Brasília, e aproveita para negar, mais uma vez, que disputará a Presidência da Câmara.

"Vou ficar lá no plenário, caladinho, aprendendo com os colegas mais experientes", diz. "Ao menos nos primeiros dez dias."

Ninguém imagina Ciro Gomes "caladinho". Quando ministro da Fazenda, em 1994, na implementação do real, ele chamava de "pilantras" os empresários que cobravam ágio na venda de carros e de "otários" os consumidores que pagavam sobrepreço.

"Taxa de burrice"

No portão do Alvorada, Ciro se faz ouvir por todos enquanto concede uma entrevista exclusiva para a radio Itatiaia, a maior de Minas. Ele elogia o governador Aécio Neves (PSDB), reeleito com mais de 70 por cento dos votos, mas pede votos para Lula no segundo turno.

"Os mineiros que gostam do Aécio sabem que a melhor maneira de ajudá-lo, e ao seu futuro político, é desrespeitá-lo respeitosamente, votando em Lula", afirma Ciro. "Ganhei o dia com essa entrevista", acrescenta ao final.

Na campanha do segundo turno, a missão de Ciro Gomes é fazer que mais gosta: falar para todos os microfones, no Nordeste, em Minas, em São Paulo e no Rio, onde foi melhor seu desempenho nas campanhas presidenciais de 1998 e 2002.

Ciro vale-se de palavras em desuso, como entrementes, usa fórmulas rebuscadas ("fulana foi chamada a escândalo") e abusa dos adjetivos, mesmo quando são mínimas as chances de vê-los publicados.

Na batalha de mídia em torno do dossiê dos sanguessugas, tenta passar a versão de que tucanos ligados ao governador eleito José Serra (seu adversário declarado) prepararam uma armadilha para prender "petistas estúpidos, que, além de presos, deveriam pagar uma taxa de burrice".

Ciro aproveita seus contatos com jornalistas para divulgar a tese de que a disputa entre PT e PSDB em São Paulo estaria na raiz dos problemas políticos e econômicos do Brasil.

"Marta (Suplicy) ou (José) Serra é a mesma coisa, pois representam faces diferentes da absoluta alienação da vida política de São Paulo em relação ao Brasil", define Ciro Gomes.

"Isso é uma tese sociológica meio imprópria para a exiguidade dos segundos de televisão", avisa aos jornalistas que se animam a continuar gravando. "Portanto será uma entrevista jogada fora. Mais uma delas."

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