Francisco Dutra
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A criação de um bilhete único para o transporte público entre o Distrito Federal e a Região Metropolitana, também conhecida como Entorno, é um dos destaques do novo plano de governo do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Caso ganhe a eleição, pretende levar o Saúde da Família para 100% das áreas carentes brasilienses até 2020. Na briga por votos, o chefe do Executivo promete lutar contra o desemprego.
O que mudará no bilhete único com a Ride?
Nós já estamos trabalhando com a Agência Nacional de Transportes Terrestres e com Goiás para integrar o transporte com o Entorno. Vai ficar mais barato para todo mundo. Por exemplo, a empresa que opera a bacia de Santa Maria e do Gama, se ela incluir Novo Gama, Valparaíso e Cidade Ocidental otimiza seus esforços e garante passagem mais barata para o morador do Entorno e também para o morador do DF. Quem mora em Águas Lindas vai integrar com Ceilândia. E assim sucessivamente. Depende de Goiás e da ANTT. Se depender de nós já começa no 2º semestre do ano que vem.
O senhor se coloca como o candidato das “Mãos Limpas”. Isso significaria que os adversários representam o retrocesso?
Eu fui deputado distrital. Fui deputado federal. Fui senador. Sou governador. Fui secretário de Turismo, secretário de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia. E não responde a nenhum processo na Justiça. Veja bem, só na semana passada nós tivemos um ex-governador condenado. Tivemos um candidato condenado. Tivemos uma candidata denunciada pelo Ministério Público Federal, por fraudes em licitações no Rio de Janeiro. E nós tivemos um outro candidato também denunciado por uso indevido de recursos da Educação. Essa é a diferença. Veja os grupos políticos. Eu não tenho vergonha em mostrar quem são os meus aliados. Estou com a Leila do Vôlei (PSB) e estou com Chico Leite (Rede). Enquanto meus adversários estão escondendo os seus apoiadores. Brasília não quer voltar para aquele passado que trouxe tantos prejuízos, que tanta vergonha trouxe à cidade. A honestidade é um valor importante e que está em jogo nesta eleição. Não é apenas eleger um governador. É o futuro do DF que está em jogo. Nós queremos a volta ao passado?
Quando o Saúde da Família estará 100% implantado?
Nós assumimos o governo tendo uma cobertura de 28% no Saúde da Família. Hoje estamos com a cobertura de 66%, o que nos garante que vamos conseguir 100% de cobertura nas áreas mais carentes do DF. Grande parte da população vai conseguir resolver os seus problemas perto de suas casas. E vamos organizar o sistema público de Saúde. O que não puder ser resolvido perto das casas, o médico de família encaminha para uma unidade especializada para um atendimento de maior complexidade.
Quando?
Chega no meio do nosso governo. No nosso primeiro governo subimos quase 40%. E para atingir 100%, precisamos subir 34%. Ou seja antes do final do próximo do governo, antes do terceiro ano de governo, a gente vai atingir 100%.
O senhor defende o projeto do Instituto Hospital de Base. Quando a população passará a defendê-lo?
É só perguntar aos usuários do Instituto Hospital de Base. São eles que estão dizendo através de pesquisa de satisfação que 66% consideram o atendimento de qualidade. E os números estão aí. É claro que o instituto tem 9 meses ainda não está 100%. Ele melhorou muito, mas ainda tem muito o que melhorar. Mas ele nos aponta o modelo adequado para a gestão dos demais hospitais. E com isso nós vamos levar para o HMIB, para o hospital da Ceilândia, Taguatinga, Gama e para outros hospitais.
Começa com quais?
Isso já começa no primeiro ano de governo. O primeiro será o HMIB, em seguida o hospital de Taguatinga.
E o Ensino Profissionalizante?
Nós construímos a escola técnica do Guará. Estamos construindo a escola técnica de Brazlândia. Estamos licitando nesse momento a escola técnica de Santa Maria e do Paranoá. E temos compromisso de construirmos mais 5 escolas técnicas no nosso governo. Nós tínhamos 8 centro de línguas. Construímos mais 9. Com isso abrindo novos horizontes para nossa juventude que pode apreender inglês, francês, espanhol e outras línguas. Agora tem uma outra prioridade. É garantir que todas as crianças de 6 meses à 5 anos estejam matriculadas em creches na Educação Infantil. Eu tenho legitimidade para me comprometer com isso. Porque mesmo nesse ambiente de dificuldades, nós criamos 16 mil vagas. E vamos criar mais 25 mil vagas para garantir que todas as crianças de 6 meses à 5 anos em creches. E temos o compromisso de garantir a recomposição salarial para os professores e profissionais da Educação.
O senhor fala de legitimidade e costuma dizer que seus rivais prometem o que já está fazendo. Falta verdade no discurso deles?
Sem dúvida. Estão usando e abusando da demagogia e da mentira. Vejam, tem candidato dizendo que vai regularizar condomínios. Quantos candidatos por aí apareceram prometendo? Quem está regularizando condomínio? Nós. Já temos mais de 7 mil famílias que aderiram ao processo de venda direta. São mais de 100 condomínios que estão com seus processos de regularização bastante avançados. Os candidatos estão dizendo que vão ampliar a cobertura da atenção primária. Ora! A gente recebeu com 28%. Estamos com 66%. Nós estamos construindo, nós estamos licitando, neste momento, 15 Unidades Básicas de Saúde. Então o que eles estão prometendo, nós estamos fazendo ou já fizemos.
A merenda foi alvo de críticas no seu governo. Pretende reforçar a alimentação com a agricultura familiar?
Primeiro, é importante registrar que a merenda nas escolas do DF é de boa qualidade. Sempre pode melhorar. E vamos melhorar. Agora é importante registrar que nós oferecemos milhões de refeições no DF por ano. De boa qualidade, mas sempre pode melhorar. Agora em 2014, o governo comprou R$ 600 mil diretamente da agricultura familiar. Este ano, só no Programa Nacional de Alimentação Escolar, nós compramos R$ 13,2 milhões diretamente da agricultura familiar. Isso significa emprego, renda no campo. Isso significa alimentos de melhor qualidade na mesa das crianças da rede pública. Vai ser e está sendo intensificado a cada ano.
Caso reeleito, pretende reformar a Agência do Trabalhador e da Fábrica Social?
Sim, é muito importante que os nosso programas de qualificação profissional estejam vinculados à necessidade do mercado, para que a gente tenha um número maior de pessoas rapidamente acolhidas por uma oportunidade de emprego ao acabar a sua qualificação. E a Fábrica Social também tem que estar ressignificada para o empreendedorismo social. A partir do momento que você capacita uma pessoa em convicções, por exemplo, é importante que ela tenha um financiamento do BRB como micro empreendedor individual para que possa montar a sua loja de costura. E a partir daí ter o seu sustento.
Que medidas pretende tomar para melhorar o ambiente de negócios, sem aumentar impostos?
Primeiro, a melhor coisa nós já estamos fazendo. E os empresários reconhecem isso: Acabar com a corrupção. É fazer que o empresário prestou o serviço; de boa qualidade; foi fiscalizado; então ele recebe sem precisar dar propina para ninguém. E recebe em dia. Nós estamos aumentando o nível de confiança no DF e já está dando resultados. A última pesquisa de Emprego e Desemprego divulgada pela Codeplan mostra uma redução de 17 mil desempregados. Por lado, é a recuperação da capacidade de investimentos do Estado.
